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Estado de Minas

Guarda Revolucionária elogia ação da polícia para conter protestos no Irã


postado em 21/11/2019 11:19

A Guarda Revolucionária elogiou nesta quinta-feira a rápida ação das forças armadas ante os protestos no Irã, onde a internet continuava inacessível para a maioria da população, apesar do aparente regresso à calma na capital.

Depois de vários dias de manifestações em muitas cidades iranianas, iniciadas na sexta-feira passada poucas horas após o repentino anúncio de um forte aumento no preço do combustível, o Estado disse na quarta-feira que havia saído vitorioso de uma trama ardida no exterior.

Até agora, as autoridades confirmaram a morte de cinco pessoas, mas a ONU disse que dezenas foram mortas nos confrontos.

Por seu lado, a organização de direitos humanos Anistia Internacional acusou o governo de Teerã de ter recorrido excessivamente "à força letal para esmagar manifestações pacíficas", avaliando que 106 manifestantes morreram em 21 cidades.

Segundo a Guarda Revolucionária, o exército de elite da República Islâmica do Irã, "houve pequenos e grandes incidentes em pouco menos de cem cidades", que foram sufocados "em menos de 24 horas e, em alguns casos, em 72 horas ".

"É o resultado da percepção e ação rápida das forças armadas e da aplicação da lei", afirma a Guarda, acrescentando que os principais líderes dos protestos foram presos nas províncias de Teerã, Alborz (na fronteira com a capital) e Shiraz (centro-sul).

A real situação não pode ser constatada devido ao corte da internet, que ainda mantém o país praticamente isolado.

Citado por Isna, o parlamentar reformista Ali Motahari disse, no entanto, que a interrupção da internet "não é mais necessário devido ao retorno à calma no país" e pediu às autoridades que suspendam a medida em vigor por mais de quatro dias .

A agência Isna afirmou que o acesso a serviços como WhatsApp e Instagram havia sido restabelecidos na província de Hormozgan (sul).

A ONG Netblocks, que monitora a liberdade de acesso à internet em todo o mundo, disse no Twitter que observou um começo de atividade parcial da rede. Segundo a fonte, o grau de conexão com a web global subiu para 10% do que é considerado normal, depois de cair abaixo dos 4% nos últimos dias.

As manifestações no Irã ocorreram em um momento em que o vizinho Iraque é abalado por uma onda de revolta popular de magnitude sem precedentes para denunciar a corrupção das autoridades, bem como a interferência de Teerã em seu país.

O Irã apoia vários grupos armados no Iraque - incluindo alguns associados estreitamente com a frágil coalizão governamental - e ajudou o governo iraquiano em sua guerra contra o grupo jihadista Estados Islâmicos (EI).

Para Teerã, o protesto no Iraque e, nos últimos dias no Irã, é resultado da interferência de potências estrangeiras hostis à República Islâmica: Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita, um grande rival regional.

O Irã, país petroleiro membro da Opep, vive uma crise econômica grave, alimentada pela saída unilateral dos Estados Unidos do acordo sobre o programa nuclear iraniano em 2018 e o restabelecimento de sanções graves.

Em meio à tensão entre Estados Unidos e Irã, a Marinha americana anunciou que o porta-aviões Abraham Lincoln cruzou na véspera sem registro de problemas o Estreito de Ormuz pela primeira vez desde 20 de junho, quando o Irã destruiu um drone americano naquela região.


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