(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Guaidó tenta mobilizar partidários nas ruas contra Maduro

Líder opositor pediu para seus partidários não desistirem: 'Não vamos desmaiar, desfalecer. A Bolívia ficou 18 dias, nós ficamos anos. Está na hora de continuar. Peço a toda Venezuela para nos mantermos em protesto'


postado em 16/11/2019 17:19 / atualizado em 16/11/2019 17:51

Juan Guaidó convoca apoiadores para manifestarem contra Maduro (foto: Cristian Hernadez/AFP)
Juan Guaidó convoca apoiadores para manifestarem contra Maduro (foto: Cristian Hernadez/AFP)

 

Diante da embaixada da Bolívia e de milhares de seguidores, o opositor Juan Guaidó pediu neste sábado (16) para a população protestar até a queda do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que também reuniu seus apoiadores, diante de supostos planos para realizar um golpe de Estado no país.


Com um megafone, o líder opositor pediu para seus partidários não desistirem. "Não vamos desmaiar, desfalecer. A Bolívia ficou 18 dias, nós ficamos anos. Está na hora de continuar. Peço a toda Venezuela para nos mantermos em protesto".


Guaidó marchou até a embaixada depois de falar por telefone com a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez - opositora que substituiu Morales após sua renúncia -, que afirmou que deseja que o opositor "liberte o povo venezuelano".

 
Pressão nas ruas 

O opositor tenta aproveitar a recente renúncia de Evo Morales, na Bolívia, para aumentar a pressão nas ruas.


"Rua sem volta, significa que temos uma agenda de conflito permanente (...), rua sustentada. Aqui a luta é até o fim da usurpação, até conseguir eleições livres", afirmou Guaidó, reforçando seu apelo aos militares: "Estou pedindo que se coloquem ao lado da Constituição (...) Precisamos da Força Armada que atenda o chamado do povo inteiro".


A manifestação deste sábado ficou longe de reunir as dezenas de milhares de pessoas do começo do ano. Seus 5 mil manifestantes, contudo, formam o maior protesto desde 1 de maio, um dia depois de um levante militar fracassado liderado por Guaidó, que exigia que Maduro interrompesse a "usurpação do poder" para convocar eleições.


O dia é crucial para a liderança do parlamentar, que não conseguiu organizar nos últimos meses manifestações grandes como as que acompanharam sua autoproclamação, em janeiro, com o reconhecimento de cerca de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos.


"Se não acontecer nada extraordinário, a liderança de Guaidó pode ir para a geladeira", opinou à AFP o cientista político Jesús Castillo-Molleda.


Uma pesquisa da Delphos aponta que 38% dos opositores deseja um novo líder.

 

Apoio a Maduro


Centenas de chavistas de vermelho também se mobilizaram no centro de Caracas em apoio a Maduro e Evo Morales - que o venezuelano afirma que sofreu um golpe na Bolívia.


"Mobilizados e alertas! Hoje, as ruas de Caracas se enchem com a alegria de nosso povo para defender seu direito sagrado à democracia, à liberdade, à convivência e à felicidade. Digamos ao mundo que a Venezuela está de pé e em paz, construindo a pátria socialista", escreveu Maduro no Twitter.


Ele garante que a oposição planeja ações violentas com apoio dos Estados Unidos e a vizinha Colômbia para desestabilizá-lo.


A economia venezuelana caiu pela metade desde 2013, enquanto a inflação, de acordo com o FMI, subirá para 200.000% este ano, situação agravada pelas sanções de Washington que incluem embargo ao petróleo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)