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Estado de Minas

Irã inaugura murais anti-EUA na antiga embaixada americana em Teerã


postado em 02/11/2019 11:19

As autoridades iranianas apresentaram novos murais antiamericanos neste sábado na antiga embaixada dos Estados Unidos em Teerã, dois dias antes do 40º aniversário do ataque a esse prédio.

O major Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária (o exército de elite da República Islâmica), apresentou as pinturas à imprensa, disseram jornalistas da AFP.

Os novos murais, feitos em painéis colocados nas paredes de uma antiga embaixada, no centro da capital iraniana, são obra de estudantes de Basij, um movimento paramilitar de voluntários islâmicos.

Os murais denunciam a "arrogância" dos Estados Unidos e caricaturam um país violento e sedento para estabelecer sua influência no mundo.

Os artistas usavam principalmente azul, branco e vermelho, as cores da bandeira americana.

Em um dos murais, uma Estátua da Liberdade aparece em ruínas. Em outro, se vê o triângulo do olho da Providência, que aparece nas notas de dólar dos EUA, afundando em um mar de sangue.

Outra pintura mostra o drone americano abatido em junho pelo Irã nas proximidades do Estreito de Ormuz, de onde vários morcegos fogem.

O trabalho responde a outro em que o Airbus iraniano está representado ao ser foi abatido por um navio de guerra dos Estados Unidos no Golfo em 3 de julho de 1988, de onde pombas brancas fogem.

Washington disse que foi um "erro", pelo qual o Irã continua exigindo desculpas oficiais e que deixou 290 mortos.

Em seu discurso de abertura, o general Salami acusou os Estados Unidos de ser o único país a recorrer à bomba atômica (duas vezes, contra o Japão, em 1945) e de querer impedir que outros países, como o Irã, tirem vantagem da "técnica nuclear civil".

O militar também acusou Washington de mentir quando se apresenta como defensor da democracia e dos direitos humanos, enquanto, segundo ele, apoia quase "todos os ditadores" do planeta.

A próxima segunda-feira marca o 40º aniversário da tomada de reféns da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, o ato fundador da República Islâmica e que continua a atrapalhar suas relações com os Estados Unidos.

No final de setembro, alguns murais antiamericanos foram apagados para pintar os que foram inaugurados neste sábado.


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