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Estado de Minas

Anistia Internacional relata cinco mortos no Iraque por bombas de gás


postado em 31/10/2019 20:13

Cinco manifestantes foram mortos em Bagdá ao serem atingidos por bombas de gás lacrimogêneo "quebra-crânios", algo "antes nunca visto", informou nesta quinta-feira a ONG Anistia Internacional (AI), que pediu ao Iraque que deixe de usar esse recurso.

Desde que as manifestações foram retomadas reivindicando "a queda do regime", há uma semana, a Praça Tahrir em Bagdá, epicentro do movimento, vive dia e noite em meio a uma nuvem de gás lacrimogêneo.

Em cinco dias, segundo a AI, pelo menos cinco manifestantes morreram depois de serem brutalmente atingido por essas bombas "quebra-crânios" disparadas pela polícia.

Essas bombas de gás, de origem sérvia e búlgara, "nunca haviam sido vistas antes" aqui, diz a ONG, considerando que "elas procuram matar e não dispersar" os manifestantes.

Vídeos filmados por ativistas mostram homens caídos no chão, com o crânio fraturado e gases saindo da cabeça e até mesmo pelos olhos e nariz.

Imagens de scanners médicos confirmados pela AI mostram fragmentos completamente encrustados nos crânios de manifestantes mortos.

As bombas de gás lacrimogêneo geralmente usadas pela polícia em todo o mundo "pesam entre 25 e 50 gramas", segundo a Anistia, mas aquelas usadas em Bagdá "pesam entre 220 e 250 gramas" e seu impacto é "dez vezes maior".

Um médico de Bagdá disse à AFP que viu "pela primeira vez" ferimentos causados por esse tipo de bomba.

Quando eles chegam ao hospital, "descobrimos que os feridos foram atingidos por estas bombas pelo cheiro. E se eles ainda estão vivos, tentamos encontrar o ferimento para extrair os fragmentos". "Fica muito claro que os disparos são diretos" e não são causados pelo rebote no chão".

De acordo com a ONG, um médico de um hospital perto da Praça Tahrir disse que recebe "por dia de seis a sete pessoas com ferimentos na cabeça" por essas bombas.

Segundo dados oficiais, mais de 250 pessoas morreram em manifestações e atos violentos no Iraque desde 1º de outubro.


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