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Estado de Minas

O que importa saber sobre primárias democratas para 2020 nos EUA


postado em 30/10/2019 16:55

Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realiza uma longa campanha de reeleição de quase um ano e enfrenta uma dura batalha contra seu impeachment, seus oponentes do Partido Democrata ainda estão a meses de definir quem será o candidato da legenda em 2020.

É uma corrida exaustiva até a indicação do partido. Mais de duas dúzias de candidatos de diferentes setores, de proeminentes estadistas a novatos na política, iniciaram esse processo. E ainda restam cerca de 18 no páreo.

Os debates acalorados tentam reduzir o campo e dar informações aos eleitores sobre as propostas dos candidatos e seu pensamento sobre temas que vão da assistência médica a mudanças climáticas, passando pelas leis de controle de armas, imigração e política externa.

Um ano antes das eleições e apenas três meses antes da emissão dos primeiros votos na disputa pela indicação do partido, que começa em Iowa, esses são os elementos essenciais para conhecer melhor as primárias democratas.

- Biden na liderança -

O ex-vice-presidente Joe Biden ainda é o favorito, apesar de vários erros verbais, de sua idade avançada, da participação hesitante nos debates e dos ataques implacáveis que Trump lançou contra ele.

"Eu sei que sou o favorito", declarou Biden à rede da CBS em seu programa "60 Minutes" no domingo, alegando que a maioria das pesquisas aponta sua vantagem.

Ele lembrou, porém, que "isso é uma maratona".

Surgiram dúvidas sobre se Biden, que serviu no Senado por 36 anos, pode atingir o objetivo final.

Em três semanas, completará 77 anos e, durante um discurso recente na Pensilvânia, suas lembranças nostálgicas da infância sugeriram um desejo por dias passados, em vez de olhar para o futuro.

Além disso, está sendo ultrapassado nas apostas para arrecadar fundos por outros candidatos.

Dados do terceiro trimestre mostram Biden atrás dos adversários Bernie Sanders, Elizabeth Warren e Pete Buttigieg.

Mas Biden está recebendo apoio substancial de dois grupos de eleitores cruciais: os afro-americanos, leais a ele por seus oito anos ao lado do presidente Barack Obama, e homens brancos da classe trabalhadora, que o veem como a melhor oportunidade para derrotar Trump.

- Warren enfrenta críticas -

Elizabeth Warren é a que mais se aproxima de Biden e, ao lado do colega politicamente liberal de Senado Bernie Sanders, energizou a ala progressista do partido.

Ela traçou sua trajetória com a frase "Tenho um plano para isto", um discurso que indica que pensou em uma ampla gama de propostas para melhorar a economia, expandir os direitos da comunidade LGBTQ e reformar a Justiça penal.

Com o aumento de sua popularidade, também virou um alvo dos outros candidatos. Em um debate recente, os adversários criticaram a falta de clareza sobre como pagar por sua proposta de sistema de saúde universal.

O elevado custo do questionado Medicare para Todos é calculado entre 14 e 34 trilhões de dólares. Centristas como Biden afirmam que é inviável, mas Warren garante que em breve apresentará os detalhes.

- Complicações do julgamento político -

Enquanto os democratas lutam pela supremacia, o raro drama político a respeito do julgamento para destituir o presidente acontece em Washington.

A maioria dos candidatos democratas exige a destituição de Trump. Mas é a investigação da própria acusação, com as explosivas declarações de testemunhas, que está absorvendo o oxigênio político, negando às campanhas de 2020 a exposição de que precisam para prosperar.

Biden está no meio do fogo cruzado. Trump foi acusado de pressionar a Ucrânia para que investigasse Biden e seu filho Hunter, que trabalhava para uma empresa de energia ucraniana quando seu pai era vice-presidente.

Embora não exista evidência de uma conduta equivocada de Biden, o desenrolar de um julgamento ético deficiente pode prejudicar o caminho do ex-vice-presidente.

Um processo de destituição contra Trump significaria um julgamento no Senado, o que complicaria severamente as campanhas dos seis senadores que permanecem na disputa pela indicação da candidatura presidencial em 2020, já que permaneceriam ancorados a Washington durante o processo.

- Ainda com esperanças -

Biden e Warren são os que dominam a disputa, mas ainda restam rivais que devem ser considerados.

Entre eles figura Sanders, de 78 anos, o candidato mais velho, que se recupera de um ataque cardíaco sofrido no início de outubro.

Sanders, que está perto de Warren no conjunto de pesquisas do site RealClearPolitics, é o mais liberal na campanha e defende uma revolução política para reabilitar a classe trabalhadora dos Estados Unidos.

A senadora Kamala Harris ganhou destaque depois de um debate de junho, no qual enfrentou Biden, mas caiu para o quinto lugar nas pesquisas.

Buttigieg, prefeito de South Bend (Indiana) de 37 anos, ganhou impulso com um desempenho convincente nos últimos meses. Seu realismo centrista o ajudou a ganhar força.

- Crescer ou desistir -

Os candidatos que ocupam os últimos lugares nas pesquisas enfrentam uma grande pressão: ou conseguem um momento decisivo - talvez no debate de 20 de novembro -, ou devem abandonar a disputa.

Julian Castro, que foi secretário no governo Obama, e o senador Cory Booker ameaçaram diversas vezes desistir, se não conseguissem cumprir os objetivos de arrecadação de fundos.

A campanha surpreendentemente popular do empresário Andrew Yang e a resistência da senadora Amy Klobuchar provavelmente sobreviverão até o próximo ano.

Mas as campanhas do ex-congressista Beto O'Rourke, do senador Michael Bennet, do governador de Montana Steve Bullock e de outros pré-candidatos parecem não ter futuro.


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