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Estado de Minas

Piñera se reúne com líderes políticos para tentar acalmar as ruas no Chile

Após onda de protestos violentos com ao menos 15 mortos, motivados pelo aumento do passe do metrô, presidente mudou o tom de seu discurso e busca conciliação


postado em 22/10/2019 07:31 / atualizado em 22/10/2019 09:29

(foto: Pablo VERA / AFP)
(foto: Pablo VERA / AFP)

O presidente Sebastián Piñera tentará nesta terça-feira (22) encontrar uma saída para a explosão social que abala o Chile há cinco dias, com reuniões com os líderes dos partidos políticos, no momento em que os protestos podem ser ampliados com greves e novas mobilizações.


Abalado pela onda de violência mais grave registrada no Chile desde o retorno da democracia em 1990, o presidente, que no domingo afirmou que o país estava em guerra, mudou de tom.


"Vamos explorar e oxalá avançar para um acordo social que nos permita a todos, unidos, nos aproximarmos com rapidez, eficácia e também com responsabilidade em busca de melhores soluções para os problemas que afetam os chilenos", afirmou na segunda-feira.


Os protestos começaram na sexta-feira motivados pelo aumento do preço da passagem do metrô em Santiago - medida que o governo suspendeu -, mas rapidamente foram ampliados para um movimento maior, que apresenta outras demandas sociais.


As manifestações provocaram confrontos com as forças de segurança, saques e incêndios em estabelecimentos comerciais: 12 pessoas morreram em quatro dias de caos no país.


Santiago e a maioria das 16 regiões do Chile se encontram em estado de emergência e 10.000 militares e policiais foram mobilizados para impedir novos atos de violência nos protestos.


As autoridades temem um agravamento do cenário depois que Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), o sindicato mais influente do Chile, e outras 18 organizações sociais convocaram greves e mobilizações para quarta-feira e quinta-feira em Santiago.


Os sindicatos de trabalhadores da saúde pública também anunciaram uma paralisação e protestos diante do ministério da Saúde, no centro da capital chilena, durante a semana.


Com um transporte público limitado, o comércio e os bancos funcionando de maneira parcial e os protestos nas ruas, os chilenos devem sair de casa nesta terça-feira para trabalhar ou estudar sob total incerteza.


Assim como na segunda-feira, o metrô de Santiago, que recebe quase três milhões de pessoas diariamente, funcionará apenas com uma de suas sete linhas e com um auxílio de 500 ônibus públicos, que serão complementados por um serviço de táxis para atender a demanda.


As aulas foram suspensas em quase 50 bairros da capital chilena e algumas universidades cancelaram as atividades acadêmicas. Hospitais e policlínicas devem funcionar no horário normal.


A companhia aérea LATAM, a maior da América Latina, foi obrigada a cancelar ou reprogramar centenas de voos no aeroporto de Santiago.


A onda de violência perdeu intensidade durante a madrugada de terça-feira, a terceira noite com toque de recolher em Santiago e outras oito regiões chilenas. Nos dias anteriores, os distúrbios terminaram com 2.200 detidos.


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