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Estado de Minas

Enfraquecido e atingido por crises, Trump volta à campanha


postado em 10/10/2019 20:55

Um mar de bonés vermelhos para tentar recuperar o fôlego: o presidente Donald Trump volta à campanha eleitoral em Minnesota nesta quinta-feira (10), após as duas semanas mais difíceis de sua Presidência.

Em meio a uma guerra aberta com os democratas por um processo ameaçador de impeachment e em conflito com os republicanos pela Síria, Trump tenta recuperar o controle.

É a primeira vez que o magnata republicano retorna à sua base eleitoral desde o lançamento, há 15 dias, de um processo que poderia torná-lo o terceiro presidente da história a ser submetido a um "julgamento político" após Andrew Johnson e Bill Clinton.

De olho nas eleições de 3 de novembro de 2020, ele escolheu para seu retorno a cidade de Minneapolis, em um estado que sempre votou nos democratas nas eleições presidenciais desde o início dos anos 1970, mas onde quase venceu Hillary Clinton em 2016.

"Acredito que posso ganhar em Minnesota", disse Trump no jardim da Casa Branca, antes de subir no helicóptero presidencial.

Nesse clima de forte embate político, espera-se um ataque aos congressistas que realizam uma investigação "partidária e inconstitucional", de acordo com o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone.

Donald Trump escolheu o confronto, recusando-se a cooperar com o Congresso e abrindo um período de grande incerteza que pode colocar as instituições dos EUA à prova.

A estratégia, contudo, parece não estar dando bons resultados: uma pesquisa da Fox News divulgada na noite de quarta-feira mostrou que 51% dos americanos estão inclinados pelo impeachment do presidente republicano, um salto de nove pontos em relação a julho.

Esse número aumenta em todo o espectro político: entre democratas (85%, contra 74% em julho), entre independentes (39%, contra 36% em julho) e entre republicanos (13%, contra 8% em julho).

- "Contra Joe Biden" -

"Desde o dia em que anunciei minha candidatura à Casa Branca, NUNCA tive uma boa pesquisa da Fox News", disse ele na manhã desta quinta-feira.

"Quem quer que seja o seu pesquisador, fede", acrescentou, antes de lamentar que o canal conservador esteja muito diferente do que era nos "velhos tempos".

Em Minnesota, é previsível que Trump ataque Joe Biden, seu possível rival democrata em 2020. Nos últimos dias, ele endureceu o tom e multiplicou os ataques violentos contra o ex-vice-presidente de Barack Obama.

Na quarta-feira, pela primeira vez, Biden se declarou a favor de um processo de impeachment. Donald Trump "atropela a Constituição e não podemos deixá-lo se safar", disse o democrata.

Outra fonte de frustração e aborrecimento para o presidente é a Síria.

Sua decisão, anunciada na noite de domingo, de retirar as tropas americanas do nordeste da Síria e deixar a porta aberta para a intervenção turca, causou espanto e raiva em sua própria equipe.

O senador Lindsey Graham, que geralmente apoia Donald Trump, mas que desta vez o acusa de "vergonhosamente" abandonar os curdos, apresentou uma proposta para punir severamente Ancara se o exército turco não se retirar da Síria.

Desde a noite de domingo, Trump multiplicou as declarações confusas e até contraditórias, insistindo em sua intenção de se retirar rapidamente das "guerras sem fim" do Oriente Médio.

Ele também ameaçou seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, de represálias econômicas se não agir de maneira "racional" e "humana".

"Estou acompanhando a situação de perto", garantiu em um tuíte antes de partir para Minneapolis.


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