Pelo menos 26 pessoas morreram nos Estados Unidos por doenças pulmonares associadas ao uso do cigarro eletrônico, informaram nesta quinta-feira (10) as autoridades da área de saúde.
Foram reportados 1.299 doentes com problemas de saúde associados ao uso desses vaporizadores em todo país, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), confirmando o que as autoridades classificaram como epidemia apesar das advertências sanitárias.
Há uma semana, as autoridades apresentaram um relatório com 18 mortes e 1.080 pacientes.
Os primeiros casos foram registrados em março e abril deste ano, mas somente a partir de julho é que as autoridades passaram a notar a relação entre o uso dos cigarros eletrônicos com o crescimento no número de atendimentos por problemas pulmonares.
O cigarro eletrônico contém um líquido que, quando aquecido, gera vapor a ser inalado.
A maior parte dos pacientes (75%) comunicou o uso dos vaporizadores com um aromatizador que contém THC, o principal composto psicoativo presente na cannabis.
Um ou mais elementos que fazem parte dos aromatizadores são suspeitos de causar as doenças, mas os testes nos laboratórios ainda não determinaram quais deles.
Várias cidades e estados do país estão considerando ou já aprovaram proibições contra cigarros eletrônicos, em alguns casos absolutos e em outros, apenas para recargas aromatizadas com fragrâncias que não sejam de tabaco (como hortelã, mentol, frutas), para desencorajar o interesse dos jovens nesse produto.
Cerca de 3,6 milhões de estudantes do ensino médio usaram esse tipo de produto nos Estados Unidos em 2018; um aumento de 1,5 milhão em relação ao ano anterior.
Os executivos da indústria do tabaco estão tentando evitar a proibição absoluta deste produto que foi considerado como o futuro do setor.
Já o governo de Donald Trump quer proibir a partir de outubro todos os produtos, exceto os feitos apenas com tabaco.