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Estado de Minas

Quem são os possíveis aliados dos socialistas em Portugal?


postado em 07/10/2019 11:01

O Partido Socialista do primeiro-ministro António Costa venceu as eleições gerais de domingo e viu seu poder reforçado em Portugal, mas sem conquistar a maioria parlamentar.

Os socialistas, que governaram os últimos quatro anos com o apoio dos partidos da esquerda radical, conquistaram 106 cadeiras das 203 que integram a Assembleia, enquanto o principal partido de oposição, o Social-Democrata (PSD), registrou a eleição de 77 deputados.

Isto significa que os socialistas precisarão novamente do apoio de pelo menos outro partido para conseguir levar adiante suas propostas.

A seguir uma lista de possíveis aliados de Costa no novo mandato:

- Bloco de Esquerda (BE) -

Criado em 1999 a partir da fusão do Partido Socialista Revolucionário (PSR), da União Democrática Popular (UDP) e de um movimento criado por ex-comunistas, este bloco tem relação com o espanhol Podemos e o grego Syriza.

Tem 19 deputados, a mesma bancada eleita nas legislativas de 2015.

O partido é próximo aos Comunistas - a outra formação que deu apoio aos Socialistas - em sua política econômica, mas é menos relutante no que diz respeito à adesão de Portugal à União Europeia. Além disso, defende políticas liberais em temas sociais, como a legalização da eutanásia e da maconha.

A líder do partido, a ex-atriz Catarina Martins, 46 anos, afirmou que a formação "está disposta a negociar um acordo que garanta a estabilidade do país".

- Coalizão Comunista-Verde -

Ao contrário da maioria de seus pares europeus, o Partido Comunista de Portugal nunca renunciou à ortodoxia marxista e rejeita instituições como a União Europeia, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional por serem capitalistas.

A principal força da oposição ao regime ditatorial que caiu em 1974 estabeleceu uma coalizão com os Verdes desde a criação do partido ecologista, em 1982.

Esta coalizão conquistou 12 cadeiras no Parlamento, cinco am menos que em 2015.

A média de idade de sua base eleitoral é elevada e se concentra na região do Alentejo (sul) e no cinturão industrial de Lisboa, onde governa vários municípios.

Desde 2004 é liderada por Jerónimo de Sousa, ex-metalúrgico de 72 anos, e demonstra menos flexibilidade que o Bloco de Esquerda.

- Pessoas-Animais-Natureza (PAN) -

Fundado em 2009 por um filósofo budista, o partido entrou pela primeira vez no Parlamento em 2015, quando conquistou uma cadeira. Nas eleições de domingo conseguiu a eleição de quatro deputados.

Muito ativo nas redes sociais, o partido reclama a proibição das touradas, a redução dos impostos para os alimentos dos animais de estimação e a criação de uma rede de praias com acesso liberado aos animais, além de medidas para reduzir as emissões de poluentes.

O partido votou a favor dos orçamentos de Costa e se declarou aberto a apoiar um Executivo socialista em troca de concessões a algumas de suas propostas.

"Nosso objetivo é influenciar quem governa", declarou o líder do PAN, André Silva, um vegetariano que é fã da biodança.

Ao contrário do Bloco de Esquerda e da Coalizão Comunista-Verde, o PAN não se opõe à adesão de Portugal à Otan ou às regras orçamentárias impostas pela UE.

Costa também afirmou que conversaria com o partido ecossocialista LIVRE, que entrou pela primeira vez no Parlamento, com um deputado.


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