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Estado de Minas

Estradas continuam bloqueadas no Equador por alta dos combustíveis


postado em 06/10/2019 16:25

Vários manifestantes continuavam a bloquear neste domingo (6) estradas no Equador, no quinto dia de protestos contra o fim dos subsídios aos combustíveis, enquanto o governo anunciou a retomada das aulas sob o estado de exceção decretado para restaurar a ordem.

Os protestos ocorrem em uma dúzia de províncias do cordão andino, de Imbabura (norte e perto da fronteira com a Colômbia) até Loja (sul e na fronteira com o Peru), de acordo com o Sistema de Segurança Integrado ECU 911.

Por sua vez, o ministério da Educação anunciou neste domingo que as aulas em escolas públicas e privadas serão retomadas na segunda-feira, uma vez que o setor dos transportes suspendeu uma greve de dois dias na sexta-feira.

O bloqueio de estradas na parte andina, com a presença de comunidades indígenas e camponesas, foi acentuado neste fim de semana no âmbito dos protestos que começaram na quarta-feira, quando o presidente Lenin Moreno anunciou o fim dos subsídios anuais aos combustíveis de US$ 1,3 bilhão.

A decisão do governo, baseada em um acordo com o FMI para obter empréstimos de 4,2 bilhões de dólares, deu origem a aumentos de até 123% nos preços dos combustíveis mais usados: o galão de 3,79 litros de diesel passou de US$ 1,03 para US$ 2,30 e a gasolina comum de US$ 1,85 para US$ 2,40.

Moreno, no cargo desde 2017, foi claro em dizer que não hesitará em tomar decisões com o objetivo de "erradicar todas as distorções" na economia.

Desde quinta-feira está em vigor o estado de exceção por 60 dias, ordenado por Moreno para mobilizar as Forças Armadas para restaurar a ordem.

Em um desafio aberto à autoridade, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) também declarou um "estado de exceção em todos os territórios indígenas" em rejeição ao fim dos subsídios e à exploração de minerais e petróleo.

Os protestos no Equador, cuja economia dolarizada enfrenta sérios problemas de falta de liquidez e alto endividamento, deixaram 59 agentes feridos e 379 manifestantes presos, segundo um balanço consolidado de sexta-feira.

O Serviço de Gerenciamento de Riscos havia relatado 14 civis feridos.

A dívida pública externa do Equador aumentou 47% no atual governo (para 39.491 milhões de dólares, 36,2% do PIB).


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