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Estado de Minas

Bagdá anuncia medidas sociais para conter protestos


postado em 06/10/2019 12:25

O governo iraquiano anunciou, neste domingo de manhã (6), uma série de medidas sociais em resposta às reivindicações dos manifestantes, com o objetivo de esvaziar um movimento de protesto que deixou quase 100 mortos em menos de uma semana.

No sábado (5), a ONU pediu o fim da violência. Ontem foi o quinto dia de um movimento de protesto espontâneo que exige a renúncia do governo, acusado de corrupção.

Ao fim de um conselho extraordinário, o governo de Adel Abdel Mahdi anunciou um decreto com 17 medidas sociais, que incluem auxílio-moradia, assim como seguro-desemprego para os jovens.

Também foi anunciada a construção de 100.000 casas. No início de setembro, governos de diferentes regiões do país haviam começado a destruir casas localizadas em comunidades carentes. Cerca de três milhões de iraquianos vivem nestes lugares, onde foram construídas casas, sem autorização, em terrenos do Estado.

Mahdi ordenou ainda a instalação de vagas para os vendedores ambulantes, em uma tentativa de criar empregos, em especial para os jovens. Hoje, um a cada quatro nesta faixa etária não tem trabalho no Iraque.

O desemprego entre os jovens é o principal gatilho dos protestos, que começaram na última terça. Tornou-se uma questão muito sensível no país, depois que um jovem que teve seu carrinho de vendedor ambulante apreendido ateou fogo ao próprio corpo em setembro, em Kut, ao sul.

As autoridades anunciaram também que vão incluir as pessoas mortas desde terça-feira na lista de "mártires", para que seus familiares possam pedir indenizações por sua perda.

Neste domingo pela manhã, as ruas da capital estavam tranquilas.

Ontem, o presidente do Parlamento, Mohamed al-Halbusi, propôs uma série de reformas de justiça social. A Assembleia não conseguiu se reunir, porém, já que várias siglas boicotaram a sessão parlamentar.

Pelo Twitter, a chefe da missão da ONU no Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, pediu no sábado (5) que "todas as partes parem e reflitam".

"Cinco dias de mortos e feridos [...]. Isso tem que parar", tuitou.


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