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Confira cinco curiosidade sobre a história dos Prêmios Nobel


postado em 04/10/2019 16:55

Os prêmios Nobel são concedidos desde 1901 a homens, mulheres e organizações que trabalharam pelo progresso da humanidade, de acordo com o desejo de seu criador, o inventor sueco Alfred Nobel.

Confira cinco curiosidades sobre sua história.

Nobel, o poeta

Apaixonado pela poesia inglesa, especialmente de Percy Shelley e George Byron, Alfred Nobel entrou na história como inventor da dinamite, mas nunca parou de escrever versos, em sueco ou inglês. Em uma carta a um amigo, ele escreveu: "Não tenho a intenção de catalogar meus versos como poesia. Escrevo de tempos em tempos com o único objetivo de aliviar a depressão ou melhorar meu inglês". Em outra carta, escrita em francês para uma jovem, Nobel admitiu que "a física é a minha área, não a pena". No ano de sua morte (1896), ele escreveu uma tragédia escandalosa, "Nemesis", inspirada no drama "The Cenci" de Shelley, sobre a execução no século XVI em Roma de uma mulher que assassinou seu sogro incestuoso.

Prêmios em família

A história da família francesa Curie se funde com a dos Prêmios Nobel. Em 1903, o casal Pierre e Marie Curie recebeu o prêmio de Física, e em 1911 Marie Curie recebeu o de Química, tornando-se a única dupla ganhadora. Em 1935, sua filha Irene Joliot-Curie e seu marido Frédéric Joliot receberam o prêmio de Química. A irmã mais nova de Irene, Eve Curie, casou-se com Henry Richardson Labouisse, que, como diretor do Unicef, recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1965.

Outros casais foram recompensados. Em 1974, o sueco Gunnar Myrdal foi contemplado com o Nobel de Economia e, oito anos depois, sua esposa Alva ganhou o da Paz. Pais e filhos também acrescentaram seus nomes na história do Nobel, como os Bohr: Niels, o pai, recebeu o Prêmio de Física em 1922, e Aage Niels, o filho, em 1975.

Na ausência

Desde 1901, cinco vencedores do Prêmio Nobel da Paz não puderam participar da cerimônia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista. Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia.

Em 1975, o físico e dissidente soviético Andrei Sakharov foi representado por sua esposa, Elena Bonner. Em 1983, o sindicalista polonês Lech Walesa não viajou para Oslo por medo de não poder retornar ao seu país. Em prisão domiciliar, a líder da oposição birmanesa Aung San Suu Kyi, que recebeu o prêmio em 1991, foi autorizada pelo conselho militar governante a viajar para Oslo, mas se absteve de ir com medo de não poder voltar.

Matemática

Por que não existe um Nobel de matemática? Pesquisadores da década de 1980 cunharam uma lenda: Nobel procurou vingar-se do amante de um de suas própria amantes, o matemático Gösta Mittag-Leffler, embora nada sustente essa hipótese.

A explicação mais plausível para essa ausência é dupla: em 1895, quando Nobel escreveu seu testamento, uma recompensa em matemática já existia na Suécia e, aparentemente, ele não via o benefício de instituir um segundo. Além disso, no início do século XX, as elites e a opinião pública favoreciam as disciplinas aplicadas.

Prêmios póstumos

Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor. Antes de 1974, apenas duas figuras falecidas - em ambos os casos, cidadãos suecos - haviam sido recompensadas: o diplomata Dag Hammarskjöld (Prêmio Nobel da Paz em 1961) e o poeta Erik Axel Karlfeldt (literatura em 1931).

Em 2011, após a entrega do Prêmio Medicina, a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska soube da morte de um vencedor, o canadense Ralph Steinman, que ocorreu apenas três dias antes. No entanto, a instituição decidiu manter seu nome na lista dos vencedores.


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