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Estado de Minas

Confira os principais momentos dos protestos em Hong Kong


postado em 01/10/2019 19:55

Reveja os principais momentos das manifestações pró-democracia em Hong Kong, que fizeram a ex-colônia britânica mergulhar em sua pior crise desde a devolução à China, em 1997.

- Não ao projeto de lei -

Em 9 de junho, mais de um milhão de pessoas, segundo os organizadores, foram às ruas de Hong Kong para protestar contra um projeto de lei do governo local que autorizaria as extradições à China continental.

Os manifestantes temiam que isso resultasse em um aumento do controle de Pequim sobre Hong Kong, que desfruta de uma autonomia ampla e de liberdades desconhecidas na China graças ao princípio "Um país, dois sistemas", vigente até 2047.

A manifestação, a mais importante desde 1997 neste território de 7,3 milhões de habitantes, foi marcada por confrontos com a Polícia.

Em 12 de junho, a violência sem precedentes deixou 79 feridos e um ativista morreu ao cair de um telhado.

- Dois milhões de manifestantes -

Em 15 de junho, a chefe do governo local, Carrie Lam, anunciou a suspensão do projeto de lei. Mas um dia depois, quase dois milhões de manifestantes, segundo os organizadores, exigiram sua renúncia e os bloqueios se multiplicaram.

Em 1º de julho, no 22º aniversário da devolução do território, vários manifestantes causaram danos ao Parlamento local.

- Endurecimento -

Em 21 de julho, vários homens encapuzados, suspeitos de pertencer a gangues violentas, atacaram os manifestantes.

Nos dias 27 e 28 foram registrados confrontos entre a polícia e os manifestantes após protestos não autorizados.

Em 5 de agosto, o território semiautônomo mergulhou no caos por conta de uma greve geral que paralisou os transportes públicos e as conexões aéreas. Pela terceira noite consecutiva foram registrados confrontos entre policiais e manifestantes.

"Quem brinca com fogo, morre queimado", advertiu Pequim à época.

- Caos no aeroporto -

No dia 12 de agosto, milhares de manifestantes invadiram o aeroporto de Hong Kong, que foi forçado a cancelar seus voos. Dois homens suspeitos de espionar para a China foram agredidos e Pequim disse que havia "sinais incipientes de terrorismo".

No dia 15, forças militares chinesas se concentraram na cidade de Shenzhen, na fronteira com Hong Kong.

Em 18 de agosto, uma grande concentração pacífica reuniu 1,7 milhão de pessoas, segundo os organizadores. O presidente americano, Donald Trump, alertou que uma resposta dura comprometeria um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos.

- Detenções e escalada da violência -

A dispersão dos manifestantes com canhões de água e um tiro de advertência em 25 de agosto resultou em uma nova escalada de violência.

No dia 30 de agosto houve uma ação contra as principais figuras da mobilização, incluindo Joshua Wong, a face visível do "Movimento Guarda-chuva" de 2014. Ele foi denunciado e libertado sob fiança.

Um dia depois, Hong Kong viveu um dos dias de protesto mais violentos.

Em 1º de setembro, os manifestantes voltaram sua atenção para o aeroporto, onde semearam o caos.

- Retirada do projeto de lei -

Em 4 de setembro, Carrie Lam anunciou a retirada definitiva do projeto de lei que desencadeou os protestos, uma concessão considerada insuficiente pelos manifestantes.

- Busca de apoio estrangeiro -

No dia 8 de setembro, os militantes pró-democracia se concentraram diante do consulado dos Estados Unidos, pedindo para Washington pressionar a China.

Um dia depois, Joshua Wong se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, o que causou a ira de Pequim. E no dia 13, ele começou uma visita aos Estados Unidos para tentar obter apoio.

Em 15 de setembro, dezenas de milhares de pessoas voltaram a desafiar a proibição aos protestos. A concentração acabou em enfrentamentos entre policiais e pequenos grupos radicais, e uma bandeira chinesa foi queimada.

- Disparo com munição real -

Numerosos eventos esportivos e culturais foram cancelados por conta dos protestos, que se tornaram quase diários. Os manifestantes convocaram também uma greve geral para outubro.

No dia 26, Carrie tentou abrir o primeiro diálogo com seus detratores, numa reunião pública com 150 pessoas escolhidas aleatoriamente.

Em 29, a polícia usou gás lacrimogênio, balas de borracha e caminhões de água contra manifestantes, que atiraram pedras e coquetéis molotov durante confrontos violentos.

No dia 30, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu seguir respeitando a autonomia de Hong Kong.

Em 1º de outubro, pela primeira vez, um manifestante é ferido no peito por um disparo com munição real por parte da polícia - que até então utilizava balas de borracha -, durante manifestações não autorizadas que reuniram milhares de pessoas. Londres pede às partes "moderação". A violência eclipsa as celebrações do 70º aniversário da fundação da República Popular da China.


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