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Estado de Minas

Começa o Rock in Rio, um oásis de diversidade no Brasil de Bolsonaro


postado em 27/09/2019 21:07

O megafestival Rock in Rio começou nesta sexta-feira (27) com um público estimado em 700.000 pessoas em sete dias de shows e o rapper canadense Drake no topo da line-up de uma primeira noite marcada por protestos contra a violência policial e uma sensibilização à preservação ambiental.

Um clipe que antecedeu a apresentação do DJ Alok, que abriu os shows no palco principal, instalado no centro do Parque Olímpico dos Jogos do Rio-2016, convidava a ver a beleza nas diferenças.

O festival, que costuma atrair um público jovem vindo de todo o Brasil, ganha dimensões particulares no governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, um cético das mudanças climáticas e com o hábito de dar declarações machistas, racistas e homofóbicas.

"Acho que festivais como esse são muito importantes para a inclusão, para ter todo mundo junto, pessoas de mente aberta", disse Ana Luiza Ferreira, de 21 anos, que viajou 12 horas de ônibus de Piracicaba, interior de São Paulo, para chegar ao Rio.

Ao entrar no palco, radiante em um vestido vermelho sangue, com o rosto coberto por um gorro da mesma cor, a rapper transexual Linn da Quebrada pediu o fim do genocídio de negros. "Parem de nos matar!" exclamou.

No Espaço Favela, um dos palcos alternativos, bailarinos exibiram uma bandeira brasileira manchada de sangue para protestar contra a violência policial que assola o país.

Na semana passada, a morte de Ágatha Félix, de apenas 8 anos, atingida por um disparo na Fazendinha, comunidade do Complexo do Alemão, chocou o país.

Em sua oitava edição no Brasil - a vigésima se levadas em conta as edições organizadas em Portugal, Espanha e Estados Unidos - o megafestival criado em 1985 reafirma mais do que nunca o desejo de trabalhar "por um mundo melhor", seu slogan desde 2001.


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