A Assembleia Nacional francesa aprovou, nesta sexta-feira (27), a ampliação do tratamento de reprodução assistida a todas as mulheres, com os votos do partido da situação e da esquerda, apesar da oposição da direita.
A reprodução assistida (PMA, na sigla em francês), que permite ter um filho por meio de diferentes técnicas médicas (inseminação artificial, fecundação, etc), hoje é reservada aos casais heterossexuais.
Primeira grande reforma social do presidente Emmanuel Macron, o texto aprovado nesta sexta amplia o reembolso por parte do Estado para parceiras homoafetivas e mulheres solteiras.
Várias vezes adiada, a PMA para todas as mulheres é a medida mais emblemática de um projeto de lei de bioética de 32 artigos.
A iniciativa promovida pelo governo prevê ainda uma delicada reforma da filiação e do acesso às origens. Também aborda temas sensíveis como autoconservação dos óvulos, ou a pesquisa de células-mãe embrionárias.
A ministra francesa da Saúde, Agnes Buzyn, quer que o projeto seja adotado de maneira definitiva antes de meados do ano que vem.