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Estado de Minas

Amazon é processada por vender carvão de terras nacionalizadas em Cuba


postado em 26/09/2019 20:19

A gigante tecnológica Amazon entrou na lista de empresas processadas no âmbito de uma lei americana que permite levar à Justiça companhias que operem em Cuba com bens nacionalizados pela revolução de 1959, informou à AFP um escritório de advocacia.

O processo foi aberto em Miami, na Flórida, nesta quinta-feira, pelo americano Daniel A. González, descendente do proprietário de um terreno expropriado em Cuba após o triunfo da revolução.

Nele, é produzido carvão vegetal que é exportado aos Estados Unidos e que a Amazon vendeu em seu site, segundo o demandante.

"O regime de Castro expropriou, assumiu e agora está produzindo o que se conhece como carvão de marabu na propriedade do meu cliente e exportando-o para os Estados Unidos para a venda. E a Amazon esteve vendendo em seu site", disse à AFP o advogado Santiago A. Cueto, da Cueto Law Group - com escritórios na Flórida -, representante legal de González.

O processo também inclui a Fogo Charcoal, empresa americana, por ter comercializado esse carvão e aponta que as operações ocorreram no começo de 2017.

Ambas companhias não tem o produto disponível em seus sites atualmente.

A informação sobre o processo foi anunciada pelo Conselho Econômico e Comercial Estados Unidos-Cuba, uma associação comercial com sede em Nova York, que acompanha a relação comercial bilateral.

A terra cuja propriedade González demanda tem de 2.030 acres de extensão e fica localizada na província de Granma.

Segundo o advogado Cueto, o processo almeja compensações monetárias "que podem incluir o valor total da terra".

O Artigo III da Lei Helms-Burton entrou em vigor em maio, após 21 anos de suspensão pelos presidentes americanos e ameaça processar quem faz negócios, próximo ou distante, com bens confiscados durante a revolução de 1959, liderada por Fidel Castro.

O investimento estrangeiro é uma das prioridades da ilha socialista para desenvolver uma economia em crise, e o governo cubano considera a lei de Helms-Burton extraterritorial e irrelevante.


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