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Estado de Minas

Senado confirma Augusto Aras na PGR


postado em 25/09/2019 20:13

O Senado brasileiro aprovou nesta quarta-feira a nomeação de Augusto Aras como procurador-geral da República. Aras, jurista alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, prometeu "independência".

Ao ser sabatinado por mais de cinco horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Aras defendeu a correção dos "excessos" da operação Lava Jato.

"Sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato. A Lava Jato é resultado de experiências anteriores. Esse conjunto de experiências gerou um novo modelo, passível de correções. Esses desacertos podem ser corrigidos", declarou à CCJ, onde obteve 23 votos a favor e 3 contra. O plenário aprovou sua nomeação por 68 votos contra 10.

Entre as falhas da Lava Jato, Aras mencionou o uso excessivo de prisões preventivas e o protagonismo público de alguns membros da força-tarefa, como o procurador Deltan Dallagnol.

Aras garantiu que não faltará independência em sua gestão, em resposta às dúvidas levantadas por sua nomeação.

Antes de nomear Aras, Bolsonaro disse que escolheria alguém "alinhado com nossas bandeiras" e depois ignorou a lista de três candidatos escolhidos pelos membros da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR).

Embora não seja uma prática obrigatória, virou uma tradição respeitada desde o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) que o chefe de Estado escolha um dos membros dessa lista tríplice.

De Salvador, Aras é membro do ministério público desde 1987 e está alinhado com a política ambiental de Bolsonaro, muito criticada pelos ativistas. Segundo Bolsonaro, Aras é um "defensor do produtor rural".

Em uma entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo em agosto, Aras afirmou que, se fosse escolhido para o cargo, montaria uma equipe de perfil conservador.

O chefe do Ministério Público Federal, que tem mandato de dois anos com possibilidade de renovação, deve agir de forma independente em relação aos poderes Legislativo e Executivo, uma vez que entre seus poderes está denunciar criminalmente seus membros, incluindo o presidente da República.


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