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Estado de Minas

EUA intensificam pressão econômica contra o Irã


postado em 25/09/2019 14:55

Os Estados Unidos reforçaram nesta quarta-feira sua pressão econômica frente ao Irã, e o presidente iraniano Hasan Rohani respondeu com uma negativa à possibilidade de negociar sob sanções, afastando assim uma saída para a crise.

O presidente americano, Donald Trump, prometeu na terça-feira diante da Assembleia Geral das Nações Unidas: "As sanções não serão suspensas enquanto o Irã mantiver um comportamento ameaçador. Serão endurecidas".

Rohani expressou sua postura nesta quarta-feira na ONU. "Quis anunciar que nossa resposta a qualquer negociação sobre sanções é negativa", disse o presidente do Irã, acrescentando que não está interessado em uma "foto de recordação" com Trump.

As chances de um encontro entre Trump e Rohani diminuem, apesar de os europeus multiplicarem seus esforços na ONU para conseguir uma reunião entre os dois líderes à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.

Mais cedo, o secretário de Estado, Mike Pompeo, havia anunciado sanções contra empresas chinesas acusadas de "transportar deliberadamente petróleo do Irã, em contravenção" ao embargo americano.

"Dizemos à China e a todos os países: 'saibam que puniremos qualquer violação de nossas sanções para cada atividade'", disse a um grupo de pressão que se opõe ao regime iraniano em Nova York.

- "Oportunidade perdida" -

Pompeo disse que as sanções são impostas tanto às empresas como a seus diretores-executivos e anunciou "novas medidas" que não detalhou, para "separar os Guardiães da Revolução", uma unidade de elite do exército da República Islâmica, "da economia iraniana".

"Os Estados Unidos intensificarão nossos esforços para educar os países e as empresas sobre o risco de fazer negócios com as entidades IRGC (siglas em inglês dos Guardiães), e os castigaremos se resistirem a desafiar nossas advertências", acrescentou Pompeo.

A medida acontece em um momentos em que a França lidera os esforços de última hora para organizar uma reunião nas Nações Unidas Trump e Rohani para acalmar as tensões.

Desde sua chegada a Nova York, o presidente da França, Emmanuel Macron, liderou uma intensa atividade mediadora que incluiu reuniões separadas com Trump e Rohani, e um pedido nesta terça, durante seu discurso da tribuna da ONU, para Estados Unidos e Irã retomarem as "negociações" e assim evitar uma conflagração no Golfo.

Depois da cúpula do G7 em Biarritz, França, no fim de agosto, Trump sonhava em voz alta com um histórico encontro com Rohani, que seria o primeiro nesse nível desde a revolução islâmica de 1979 e a subsequente ruptura das relações entre Estados Unidos e Irã, a um ano das eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Os ataques de 14 de setembro contra instalações petroleiras sauditas, que foram reivindicados pelos rebeldes huthis de Iêmen apoiados por Teerã, mas atribuídos ao Irã por Washington, provocaram uma tensão renovada e temores de uma escalada militar na região.

Em seu discurso, Rohani também pediu à Arábia Saudita que termine sua ofensiva no Iêmen contra os rebeldes huthis. "A segurança da Arábia Saudita será garantida a fim da agressão no Iêmen, disse.

"Agora mais do que nunca é o momento de retomar as negociações entre Estados Unidos, Irã, os signatários do JCPOA (acordo nuclear com o Irã) e os poderes da região, preocupados principalmente com a segurança e a estabilidade", disse Macron.

O clima de expectativa inicial, entretanto, deu um passo à incerteza. Na tarde de terça-feira, Macron disse que a Assembleia Geral da ONU seria uma "oportunidade perdida" se Trump e Rohani não se reunissem.

Em reuniões à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, também os líderes de Alemanha e Japão conversaram por separado com Trump e Rohani.


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