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Estado de Minas

Colaborador da Funai é assassinado em região remota da Amazônia


postado em 09/09/2019 18:12

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou nesta segunda-feira (9) o assassinato de um colaborador e ex-servidor do órgão federal numa região no extremo oeste do estado do Amazonas.

A Funai "vem a público lamentar o assassinato de Maxciel Pereira dos Santos, colaborador eventual em Tabatinga", pequena cidade na fronteira com Peru e Colômbia, às 18H30 da sexta-feira passada, informou a fundação através de seu site.

O indigenista foi morto na "frente da família" numa rua movimentada e "há indícios de que esse crime bárbaro tenha ocorrido em represália à sua atuação no combate a práticas de ilícitos no interior da Terra Indígena Vale do Javari", denunciou a a Indigenistas Associados (INA), associação de servidores da Funai.

No comunicado, a fundação acrescenta que advertiu a polícia "de possíveis atos de violência" na região onde Maxciel trabalhava.

"Todas as [informações da Funai] foram repassadas ao Departamento de Polícia Federal para que procedesse às necessárias investigações em virtude dos indícios de crimes", aponta a nota.

Maxciel trabalhava há mais de 12 anos com a Funai na "proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas", atuando inclusive como chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial no Vale do Javari, informou o Indigenistas Associados.

Na Terra Indígena Vale do Javari vive "o maior número de indígenas isolados do mundo" e a região é alvo permanente de "organizações criminosas para a exploração ilegal da caça, pesca, madeira e ouro", acrescentou a instituição.

Desde o ano passado, foram registrados "quatro ataques perpetrados contra equipes de vigilância da terra indígena", informou.

Na mesma sexta-feira do crime, os líderes e representantes de sete dos nove países que compartilham a Amazônia definiram no encontro realizado na cidade colombiana de Leticia, na fronteira com Tabatinga, medidas de proteção para a maior floresta tropical do planeta, atormentada por incêndios e desmatamento.

Em meio à crise internacional de incêndios na Amazônia da Bolívia e no Brasil, o texto final incluía o pedido do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, representado em Letícia pelo ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, de reafirmar "os direitos soberanos dos países da região Amazônia sobre seus territórios e recursos naturais".

Em meio à crise internacional de incêndios na Amazônia da Bolívia e no Brasil, o texto final incluía o pedido do presidente Jair Bolsonaro, representado em Leticia pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, de reafirmar "os direitos soberanos dos países da região Amazônia sobre seus territórios e recursos naturais".


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