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Estado de Minas

Dorian causa inundações no Canadá após matar 43 nas Bahamas

Segundo a rede canadense CTV, ainda não há informações sobre mortos ou feridos em estado grave. Nos EUA, onde passou na manhã da última sexta (6), ciclone derrubou a energia elétrica de 300 mil casas e prédios comerciais


postado em 09/09/2019 06:07 / atualizado em 09/09/2019 11:05

Homem abre os braços no porto Halifax, na cidade de Dartmouth, no estado de Nova Scotia, no Canada(foto: Andrew Vaughan/The Canadian Press via AP)
Homem abre os braços no porto Halifax, na cidade de Dartmouth, no estado de Nova Scotia, no Canada (foto: Andrew Vaughan/The Canadian Press via AP)

Quase uma semana depois de devastar as Bahamas, onde deixou pelo menos 44 mortos, o agora ciclone Dorian causou "estragos" no Canadá, com ventos violentos e inundações nas zonas costeiras. Não há informações de vítimas fatais, ou de feridos em estado grave, de acordo com a rede canadense CTV.


Dorian entrou no sábado (7) no Canadá, na altura de Halifax, depois de ter sido degradado pelo Centro Canadense de Furacões para "ciclone pós-tropical muito intenso", com ventos de 140 km/h. Neste domingo, por volta das 9h GMT (6h em Brasília), os ventos chegavam a até 130 km/h, e o Dorian seguia na direção do mar.


De acordo com as autoridades, mais de 500.000 casas estavam sem luz ao longo da costa nas províncias de Nova Escócia, Nova Brunswick e Ilha do Príncipe Eduardo. Milhares de quilômetros ao norte, Dorian "causava estragos" na costa canadense, afirmou o Centro Nacional de Furacões americano (NHC, na sigla em inglês).


Uma grua de construção foi derrubada em Halifax, e o Centro Canadense de Furacões relatou "inúmeros informes" de árvores derrubadas, fortes chuvas e inundações ao longo do litoral. O premiê canadense, Justin Trudeau, disse que seu governo está "pronto para ajudar o Canadá atlântico frente a essa tormenta".


O ministro da Segurança Pública, Ralph Goodale, anunciou o envio de 700 soldados para a região para colaborarem na recuperação do serviço de energia elétrica e na retirada de moradores em áreas inundadas.


 

Destruição do Dorian nas Bahamas

 

Rastro de destruição deixada pelo furacão Dorian no bairro Mudd, da cidade de Marsh Harbour, nas ilhas Ábaco (Bahamas)(foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP)
Rastro de destruição deixada pelo furacão Dorian no bairro Mudd, da cidade de Marsh Harbour, nas ilhas Ábaco (Bahamas) (foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP)


Enquanto o Canadá enfrentava a tempestade, nas Bahamas, a população tentava deixar as ilhas mais afetadas pela intensidade do furacão na categoria máxima (5). As autoridades locais acreditam que o número de óbitos possa aumentar "significativamente", já que há "muitos desaparecidos".


Aviões, helicópteros e barcos - privados e do governo - se mobilizaram para as ilhas Ábaco, terrivelmente atingidas, para ajudar na evacuações dos moradores. Eles serão levados para a capital, Nassau, ou para os Estados Unidos. As instalações do pequeno aeroporto de Marsh Harbour, em Ábaco, sofreram a ira dos ventos de até 250 km/h do Dorian. Vários hangares foram derrubados. A pista de pouso continua utilizável, e centenas de pessoas conseguiram embarcar rumo a Nassau.


"Faz quase uma semana que aconteceu, e a gente não tem comida, nem água. Continua cheio de cadáveres por aqui. Não é seguro para a saúde ficar", disse a jovem mãe de família Chamika Durosier. Ela ainda apresenta os ferimentos causados pela queda do telhado de sua casa sobre ela e a filha.  No porto comercial de Marsh Harbour, centenas de pessoas também esperam para conseguir ir embora.

Danos causados pelo furacão Dorian em Freeport, cidade da ilha Grande Bahama, que compõe o arquipélago das Bahamas (foto: ADAM DELGIUDICE / AFP)
Danos causados pelo furacão Dorian em Freeport, cidade da ilha Grande Bahama, que compõe o arquipélago das Bahamas (foto: ADAM DELGIUDICE / AFP)


"Não temos água, nem energia elétrica. Estamos morrendo, é uma catástrofe", desabafou Miralda Smith, uma haitiana que vai se reunir com o marido bahamense em Nassau. Um dos cruzeiros que participavam das operações de evacuação, o da companhia Bahamas Paradise Cruise Line, chegou no sábado de manhã à costa na altura de Palm Beach, na Flórida, com mais de 1.500 moradores da ilha de Gran Bahama.


Segundo a ONU, pelo menos 70.000 pessoas precisam de "ajuda imediata" nas Bahamas. As ilhas mais castigadas pelo Dorian foram Ábaco e Gran Bahama.  A França anunciou o envio de dezenas de soldados para participarem dos trabalhos de ajuda, no âmbito de uma missão europeia. O presidente americano, Donald Trump, também prometeu ajuda dos EUA, cuja Guarda Costeira já está trabalhando nas Bahamas.


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