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Estado de Minas FÚRIA DA NATUREZA

Furacão Dorian: EUA ordenam evacuação de um milhão de pessoas na costa leste da Flórida

Ciclone foi rebaixado à categoria 3, mas ainda é muito perigoso; passagem pelas Bahamas deixou cinco mortos e treze mil casas destruídas


postado em 03/09/2019 06:13 / atualizado em 03/09/2019 12:09

Estrada inundada em Freeport, na ilha Grand Bahama, nas Bahamas, durante a passagem do furacão Dorian nesta segunda-feira (2) (foto: AP Photo/Tim Aylen)
Estrada inundada em Freeport, na ilha Grand Bahama, nas Bahamas, durante a passagem do furacão Dorian nesta segunda-feira (2) (foto: AP Photo/Tim Aylen)


O poderoso furacão Dorian provocou cinco mortes na segunda-feira (2) nas Bahamas e seguia em direção aos Estados Unidos, onde a iminência de sua chegada provocou evacuações em massa na costa leste do país. O furacão enfraqueceu ligeiramente durante a noite e foi rebaixado para a categoria 3, de acordo com o boletim mais recente do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami.


O ciclone continua muito perigoso, com ventos de 205 km/h, e parece estar detido na ilha Grande Bahama, onde passará grande parte da terça-feira e provocará chuvas torrenciais, segundo ol NHC.


Dorian deve se aproximar da costa leste da Flórida entre a noite de terça-feira e a manhã de quarta, antes de seguir rumo à Geórgia e à Carolina do Sul, segundo o NHC.


Em uma coletiva de imprensa na Agência Nacional de Gestão de Emergências em New Providence, o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, confirmou o registro de pelo menos cinco mortos e cerca de 20 feridos. O premiê descreveu o furacão como uma "tragédia histórica" para o arquipélago. 

Em uma mensagem de texto desesperada, uma mulher pediu ajuda, segundo a mensagem de texto encaminhada para a AFP por Yasmin Rigby, residente de Freeport, principal cidade de Grand Bahama.


"Quem puder me ajudar, sou Kendra Williams. Vivo em Heritage. Estamos debaixo d'água", relatou. "Alguém por favor nos ajude. (...) Eu, meus seis netos e meu filho estamos no teto".


"Graças a Deus pela vida"


O Ministério do Turismo e da Aviação das Bahamas tinha anunciado mais cedo o início das operações de resgate "nos lugares que já são seguros", indicou. Morador de Ábaco, Ramond A. King forneceu à AFP imagens que mostram ruas inundadas atravessadas por árvores, assim como postes de energia derrubados e casas destruídas.


"Precisamos de ajuda. Está tudo caído. Olhem minha casa sem teto. Ainda tenho minha vida. Graças a Deus pela vida. Posso reconstruir", diz na gravação.


O medo tomou conta dos moradores de Freeport, quando os ventos arrancaram as persianas, e a água começou a chegar às casas, contou Yasmin Rigby, contatada pela AFP por mensagem de texto.


"As pessoas que achavam que estavam a salvo agora estão pedindo ajuda", disse Rigby. "O marido da minha melhor amiga está preso no teto de sua casa com dois metros de água abaixo dele", completou.


Segundo um cálculo inicial da Cruz Vermelha, cerca de 13.000 casas podem ter sido danificadas, ou destruídas, pela passagem do Dorian nas Bahamas.


"Saiam AGORA"

O NHC também advertiu que "o furacão se moverá perigosamente perto da costa leste da Flórida até quarta-feira à noite e, depois, perigosamente perto da costa da Geórgia e da Carolina do Sul, na noite de quarta e na quinta-feira", disse.


Flórida, Geórgia e Carolina do Sul ordenaram a evacuação obrigatória de centenas de milhares de residentes da costa a partir de meio-dia desta segunda-feira.


"Se você está em uma zona de evacuação, saia AGORA. Podemos reconstruir sua casa. Não podemos reconstruir sua vida", disse o governador da Flórida, Rick Scott, no Twitter.


Joe Lewis, um veterano da Marinha e morador da Flórida, verificava o aparelho de ar-condicionado de seu trailer em Jensen Park, uma das várias áreas da costa que estavam quase vazias.


"Não importa se eu tenho uma casa de um milhão de dólares. Vou embora. Minha vida é mais importante", disse ele, enquanto se preparava para se juntar a outros moradores da Flórida que escapavam da tempestade.


Na região vizinha de Santa Lúcia, Dan Peatle, de 78 anos, informou que havia acabado de deixar o lar para idosos onde vive para buscar abrigo em um hotel.


"Passei por sete, ou oito (furacões), desde que cheguei à Flórida, em 1973. E são todos iguais, você sabe. Destrói tudo, depois tudo é consertado de novo, mas escolhi viver aqui, e posso muito bem viver com isso", afirmou.


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