O barco "Mare Jonio", fretado pelo coletivo de esquerda italiano 'Mediterranea', anunciou que ajudou 100 imigrantes, que se juntaram a outras cem resgatadas na segunda-feira por uma ONG alemã.
Entre as pessoas a bordo do "Mare Jonio" estão 26 mulheres, 22 crianças menores de 10 anos e pelo menos seis outras crianças, disse o grupo em sua conta no Twitter.
O "Mare Jonio" está "aguardando instruções do centro de coordenação marítima italiano", acrescentou.
A organização explicou que detectou a embarcação cheia de migrantes graças a um radar.
O "Mare Jonio" foi imobilizado em maio passado pela justiça em aplicação da legislação anti-imigrante do ministro do Interior de extrema direita Matteo Salvini.
A medida foi suspensa em agosto e o "Mare Jonio" zarpou novamente.
Na terça-feira, Salvini proibiu a entrada em águas italianas da embarcação humanitária "Eleonore", de bandeira alemã, com uma centena de migrantes a bordo.
A ONG alemã Mission Lifeline anunciou na segunda-feira que ajudou os migrantes que navegavam em um precário barco no Mediterrâneo.
O "Lifeline", de bandeira holandesa, pertencente à mesma ONG alemã, havia sido imobilizado em Malta em junho, onde chegara com 230 migrantes a bordo.
O capitão desse navio, Claus-Peter Reisch, foi acusado pelas autoridades de Malta e da Itália de terem violado as regras ao não obedecer às ordens da guarda costeira da Líbia.
Itália e Malta rejeitam sistematicamente a entrada em seus portos de navios que socorreram migrantes em águas extraterritoriais sem um acordo prévio para receber migrantes em outros países europeus.