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Estado de Minas

Austrália minimiza alerta das Ilhas do Pacífico contra mudanças climáticas


postado em 16/08/2019 18:37

Líderes do Pacífico reunidos em um encontro no arquipélago de Tuvalu alertaram nesta sexta-feira sobre a ameaça do clima, mas sua mensagem perdeu força devido ao ceticismo sobre a mudança climática manifestada pelo governo australiano.

A cúpula anual do Fórum das Ilhas do Pacífico (FIP) terminou na quinta-feira à noite com profundos desacordos entre Camberra e os outros 17 membros da organização sobre a questão do clima.

Muitas ilhas da Oceania enfrentam uma ameaça à sua existência devido aumento do nível dos oceanos, e seus dirigentes discutiram com Camberra devido à passividade da Austrália na hora de empreender ações que freiem o aquecimento global, quando este é um dos países que emitem mais gases de efeito estufa per capita.

A maioria dos líderes do FIP esperavam poder lançar ao mundo um chamado à ação que fosse ambicioso e unificado, a um mês da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e que desse conta da urgência da situação no Pacífico.

Mas o primeiro-ministro de Tuvalu, Enele Sopoaga, admitiu que a declaração e o comunicado divulgado na manhã desta sexta-feira, após 12 horas de debate tenso, não estava à altura de suas expectativas.

"Podemos dizer que deveríamos ter feito mais por nossas populações", reconheceu ante a imprensa.

O comunicado do Fórum menciona a crise climática e reitera as advertências em relação à ameaça cada vez maior que a mudança climática representa para o Pacífico. "É hora de agir", afirmaram os responsáveis.

Não se menciona, porém, a ideia de abandonar o carbono como fonte de energia. Por outro lado, os chamados a limitar a 1,5ºC o aumento das temperaturas e a neutralizar as emissões de carbono até 2050 só aparecem como sugestão, não como exigência.

Segundo Sopoaga, seu homólogo australiano, Scott Morrison, é o responsável pelo fato da mensagem final não ser mais firme.

O primeiro-ministro australiano, do Partido Liberal (centro-direita), admite que a mudança climática é real mas defende que o problema pode sem administrado sem penalizar o modelo econômico da Austrália, muito dependente de sua indústria mineira, sobretudo do carvão.


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