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Estado de Minas

Suposta vítima de Epstein abre processo contra herdeiros do bilionário


postado em 14/08/2019 17:14

Quatro dias depois do bilionário Jeffrey Epstein aparecer morto numa prisão de Nova York, uma vítima de seus supostos ataques sexuais entrou com uma ação contra seus herdeiros e supostos cúmplices, após ser revelado que os guardas responsáveis por sua vigilância haviam adormecido.

Jennifer Araoz, de 32 anos, afirma que Epstein a agrediu sexualmente várias vezes quando tinha 14 e 15 anos. A demandante pede indenização aos herdeiros perante a Suprema Corte do Estado de Nova York, bem como para a amiga e suposta cúmplice do bilionário, Ghislaine Maxwell, e três outras mulheres que não tiveram suas identidades reveladas.

Araoz é uma das primeiras vítimas conhecidas de Epstein que recorre a uma lei de Nova York que entrou em vigor nesta quarta-feira (14). A regra, adotada após vários escândalos de pedofilia na Igreja, dá às vítimas de crimes sexuais um ano para entrar com uma ação civil, independentemente da data em que as agressões relatadas foram cometidas.

"Epstein foi encontrado morto, aparentemente por suicídio, em sua cela na semana passada. O fato de não ter que responder pessoalmente no tribunal me irrita, mas minha busca por justiça está apenas começando", escreveu Araoz em um editorial publicado no jornal New York Times.

A autora da ação explicou como caiu na "armadilha" de Epstein, descrevendo uma forma de ação similar a descrita por outras supostas vítimas do investidor financeiro.

No início de julho, o milionário foi acusado de múltiplos crimes de agressão sexual contra menores, supostamente realizados em suas casas em Nova York e na Flórida.

Segundo Araoz, uma das pessoas que procurava meninas para Epstein a abordou na rua quando ela estava na frente da escola que frequentava. Nesse contato, essa pessoa prometeu que um homem rico poderia ajudá-la a se lançar na carreira de atriz que ela sonhava.

Nas primeiras visitas à luxuosa casa do empresário em Manhattan, repleta de câmeras, não aconteceu nada, segundo a denunciante. Epstein conversava com ela por uma ou duas horas, e ela recebia 300 dólares em dinheiro vivo a cada encontro.

Araoz afirma que menos de um mês depois do primeiro encontro, Epstein quis ver seu corpo para ajudá-la a encontrar trabalho como modelo.

Com o passar do tempo, as agressões foram piorando: pedia para tocar nela enquanto se masturbava e, após um ano, em 2002, a estuprou. Em seguida, ela parou de ir à cada do investidor, mudou de escola e demorou anos até falar sobre o que aconteceu com as pessoas mais próximas.

"Afrontar a rede de poder e de riqueza que cercava Epstein é aterrador, mas já não tenho medo (...) A lei está comigo, vão me ver, vão me ouvir, pedirei justiça".

Outras supostas vítimas estão aparentemente se preparando para processar os herdeiros do bilionário americano. Sua única família conhecida é seu irmão Mark.

Epstein, ligado a inúmeras celebridades e políticos, incluindo o ex-presidente americano Bill Clinton e o atual, Donald Trump, foi preso em julho acusado de organizar, entre 2002 a 2005, uma rede de dezenas de garotas com as quais ele manteve relação sexual em suas muitas propriedades.


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