O presidente da Colômbia, Iván Duque, antecipou nesta terça-feira (13) que denunciará o governo do Nicolás Maduro na Assembleia Geral das Nações Unidas por supostamente financiar e proteger "terroristas colombianos" na Venezuela.
"Em setembro próximo, na Assembleia Geral da @ONU, vamos denunciar que a ditadura venezuelana está protegendo e patrocinando em seu território terroristas colombianos, em uma clara violação da Resolução 1373 do Conselho de Segurança deste organismo", escreveu o presidente no Twitter.
Na resolução 1373 de 2001, o Conselho de Segurança exorta os Estados-membros a prevenir e reprimir o financiamento de atos terroristas e abster-se de apoiar entidades ou pessoas que participem nessas ações.
O presidente conservador tem afirmado reiteradamente que rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) e líderes da ex-guerrilha Farc foragidos ou procurados pela justiça se refugiam na Venezuela, sob os "auspícios" do governo.
"Tenho a imensa preocupação de que em território venezuelano, sob o auspício da ditadura, tenham criminosos protegidos para driblar a justiça colombiana e que tenham pessoas dedicadas a cometer delitos nesse país para depois repeti-los na Colômbia", afirmou também nesta terça-feira em entrevista com a emissora La FM.
Duque garante que o ex-chefe negociador das FARC nos diálogos de paz com o governo de Juan Manuel Santos, Iván Márquez, e o também líder da ex-guerrilha comunista Jesús Santrich estão na Venezuela.
O paradeiro de Márquez, que foi o número dois das antigas FARC, é desconhecido há um ano.
O chanceler venezuelano Jorge Arreaza reagiu no Twitter, afirmando que Duque falará da Venezuela na ONU "enquanto seu povo e o mundo esperam explicações sobre o fracasso do processo de paz, a luta antidrogas e a proliferação de grupos terroristas e massacres em seu país".
