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Estado de Minas

Argentina vota nas primárias, teste para eleição presidencial


postado em 11/08/2019 13:31

Mergulhada na recessão econômica, a Argentina realiza neste domingo (11) eleições primárias obrigatórias que servirão de teste para a disputa presidencial de outubro, na qual o liberal Mauricio Macri buscará a reeleição contra o peronista de centro esquerda Alberto Fernández.

As candidaturas foram definidas previamente por consenso nas respectivas coalizões políticas, o que faz destas primárias uma espécie de eleição presidencial antecipada.

A votação começou às 8h locais (8h em Brasília). As seções eleitorais permanecerão abertas até as 18h (mesmo horário em Brasília). Os primeiros resultados são esperados para até cerca de três horas depois do encerramento.

As primárias darão um ideia melhor do nível de polarização no país, que chega a até 80% em algumas pesquisas. Nessa disputa, será fundamental a margem de diferença entre Macri e Fernández. O último aparece como favorito nas sondagens e tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).

A terceira opção na corrida eleitoral é a chapa do ex-ministro da Economia Roberto Lavagna com o governador de Salta, Juan Manuel Urtubey, do peronismo de centro.

No total, há dez chapas disputando a presidência, em um universo de 34 milhões de eleitores.

- Pauta econômica na agenda eleitoral

Assombrados pela inflação, uma das mais altas do mundo, chegando a 22% no primeiro semestre, e por uma pobreza que atinge 32% da população, os argentinos veem diante de si dois projetos antagônicos: o de Macri, que leva adiante um plano de ajuste apoiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e o de Fernández, visto com desconfiança pelos mercados.

Fernández, de 60, foi chefe de gabinete do já falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), época em que a Argentina se afastou do Fundo, após cancelar o pagamento dos 9,6 bilhões de dólares ainda devidos ao organismo.

Também foi chefe de gabinete de Cristina Kirchner, até 2008, durante seu primeiro ano de governo.

"Vamos eleger entre dois modelos que já conhecemos. Seria muito difícil superar uma diferença de mais de cinco pontos. Devido à polarização, não há margem de onde tirar votos", disse à AFP o analista político Raúl Aragón.

"Fernández teve que fazer um trabalho inicial de 'se deskirchneralizar'. Foi trabalhoso. Depois, destacou a economia, que é o tema do qual o governo foge", explicou Aragón.

"É uma campanha, onde se busca trabalhar nos aspectos negativos do outro candidato. É uma eleição entre o temor e a decepção: o temor de que o governo Cristina Kirchner volte, com toda sua cota de corrupção, ou a decepção de que siga uma economia como a de Macri, que, em termos sociais, não dá resultados", considerou o analista político Rosendo Fraga.


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