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Estado de Minas

Trump é alvo de protestos

Acusado de incitar a violência, presidente norte-americano é recebido com críticas e atos de rua no Texas e em Ohio, onde atiradores mataram 31 pessoas no fim de semana


postado em 08/08/2019 04:00

 
Bancada oposicionista não conseguiu maioria para dar entrada no processo contra Mario Abdo(foto: NORBERTO DUARTE/AFP)
Bancada oposicionista não conseguiu maioria para dar entrada no processo contra Mario Abdo (foto: NORBERTO DUARTE/AFP)
Após dois ataques a tiros em massa no fim de semana nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump foi recebido com protestos em sua visita a Dayton, Ohio, e a El Paso, no Texas, cujo objetivo era se solidarizar com sobreviventes e famílias das vítimas. Críticos denunciam sua retórica anti-imigração e o acusam de estimular a violência.
Trump foi alvo de condenação desde os dois massacres que deixaram 22 mortos em um Walmart de El Paso – cidade de população majoritariamente latina, na fronteira com o México – e nove em Dayton.
Em El Paso, onde oito dos mortos são mexicanos, várias entidades convocaram manifestações, sob o lema "El Paso firme". "O presidente Trump não é bem-vindo em El Paso e sua narrativa sobre imigrantes e centro-americanos não deveria ser bem-vinda de lado nenhum", disseram organizadores em relação aos discursos do presidente, em que se refere aos migrantes sem documentação como uma "invasão".
Mais cedo, em Dayton, o presidente e a primeira-dama, Melania, visitaram os pacientes e a equipe médica do Hospital Miami Valley. Ele era esperado no local por dezenas de pessoas com cartazes que diziam "Faça algo". Manifestantes inflaram um boneco de um Trump bebê, de fralda, escrito "Deixe de ser um bebê e enfrente a NRA", referindo-se à Associação Nacional do Rifle, que defende o porte de armas.
Outros manifestantes estiveram no local para apoiar Trump, uma mostra do dividido panorama dos Estados Unidos um ano antes das eleições presidenciais. Antes de decolar rumo a Dayton, Trump disse que sua "retórica" une as pessoas.
Mas os opositores de Trump o criticam por inspirar o ódio contra os imigrantes que motivou o agressor de El Paso – tido como um supremacista branco – e pelo clima de tensão no país, devido aos discursos inflamados contra imigrantes. O atirador, um homem branco de 21 anos que foi preso, publicou um manifesto no qual garantiu que o ataque era "uma resposta à invasão latina do Texas".
O ex-vice-presidente Joe Biden, favorito para ser indicado pelos democratas para concorrer com Trump em 2020, acusou o mandatário de "acender a chama do supremacismo branco". "Temos um presidente com uma língua tóxica que abraçou publicamente e sem se desculpar o ódio, o racismo e a divisão como estratégia política", afirmou. Em resposta, o presidente relativizou as contestações. "Meus críticos são políticos. Estão tentando tirar vantagem. E, em muitos casos, estão aspirando à Presidência", atacou.
Trump defendeu, na terça-feira, ser "a pessoa menos racista", mas em seus discursos e tuítes de campanha repetiu a ideia de que a fronteira com o México sofre uma "invasão". Em maio, o presidente riu e fez piadas quando um de seus partidários gritou que deveriam "disparar" contra imigrantes em situação irregular. Trump lançou também uma campanha dura contra deputados democratas pertencentes a minorias.

TERRORISMO Pelo menos num ponto Trump e seus opositores concordam: em classificar os dois ataques como atos de "terrorismo". E o chefe da Casa Branca disse que tem apoio dos líderes do Congresso para mudança na legislação que impediria pessoas com problemas mentais portarem armas, impondo maior controle.
Mas Trump se pronunciou contra uma proibição dos rifles, como as armas semiautomáticas que foram utilizadas pelos atiradores nas matanças. "Posso dizer-lhes que não há um apoio político para isso neste momento", disse antes de viajar a Dayton.


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