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Estado de Minas

Cuba critica 'submissão' de Bolsonaro aos EUA


postado em 03/08/2019 22:52

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, acusou Jair Bolsonaro de mentir sobre os programas médicos da ilha, e criticou o que chamou de submissão do brasileiro à gestão de seu novo aliado, Donald Trump.

"O presidente Bolsonaro volta a mentir. Vergonhosa a sua submissão aos Estados Unidos", publicou o governante cubano no Twitter. "Suas calúnias vulgares contra Cuba e o programa Mais Médicos nunca conseguirão enganar o povo irmão brasileiro, que conhece bem a nobreza e humanidade da cooperação médica cubana", assinalou.

Poucas horas depois, Bolsonaro também respondeu no Twitter, lançando novas críticas ao programa cubano: "O ditador cubano recebeu um bilhão de reais do Brasil, pelo trabalho de 10 mil 'profissionais da saúde', que viviam em condições semelhantes à escravidão", escreveu.

"A festa acabou, agora esses recursos serão utilizados para nossa saúde com o programa Médicos para o Brasil", acrescentou o presidente brasileiro.

Bolsonaro afirmou esta semana que o envio de médicos cubanos para o Brasil visava a "formar núcleos de guerrilhas", e acrescentou que, se a medicina na ilha socialista fosse tão boa, teria conseguido salvar o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, tratado em Havana.

"Bolsonaro reconhece ser racista, sexista, homofóbico e admirador da ditadura militar. Deveria cuidar da corrupção em sua família, seu governo e seu sistema de justiça. Respeite Cuba e seus profissionais de saúde, que fizeram mais pelos brasileiros do que vocês", disse, por sua vez, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

O program "Mais Médicos", lançado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, foi implementado por meio de um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que incluía médicos cubanos.

Havana abandono o projeto em novembro de 2018, quando Bolsonaro, então presidente eleito, denunciou a retenção de uma parte importante dos salários dos médicos pelo governo cubano.

Cerca de oito mil cubanos participaram do programa Mais Médicos. Milhares retornaram ao país de origem, mas cerca de 1.800 permaneceram no Brasil e vários deles solicitaram abrigo político.


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