O governo afegão e o Talibã podem entrar em negociações diretas dentro de duas semanas para tentar acabar com o conflito, informou neste sábado um ministro afegão.
Até à data, os talibãs recusavam-se firmemente a discutir com o governo do presidente Ashraf Ghani, a quem consideram ilegítimo, exceto por uma recente reunião em que representantes do Executivo participaram "a título pessoal".
"Estamos nos preparando para negociações diretas. O governo será representado por uma delegação de 15 pessoas", disse Abdul Salam Rahimi, ministro para as Negociações e próximo ao presidente Ghani.
"Trabalhamos com todas as partes e esperamos pela primeira reunião nas próximas duas semanas em um país europeu", acrescentou.
A Alemanha e a Noruega desempenharam um papel de protagonismo em iniciativas recentes para desbloquear o diálogo.
O Talibã ainda não reagiu a essas declarações.
O emissário americano Zalmay Khalilzad está atualmente em Cabul e na semana que vem planeja viajar para Doha pela oitava rodada de negociações diretas com o Talibã.
Ambos os adversários dizem que estão fazendo progressos para acabar com 18 anos de presença militar dos EUA no Afeganistão, mas o envolvimento do governo afegão é necessário para o acordo final.
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