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Estado de Minas

Lanchonete faz promoção inspirada em lema xenófobo criado em comício de Trump


postado em 24/07/2019 21:02

Uma lanchonete da Califórnia virou alvo de duras críticas após oferecer um acompanhamento grátis aos clientes que repetissem o polêmico lema "mande-a de volta", criado em um comício de Donald Trump para pedir que uma legisladora de origem somali voltasse ao seu país.

John Canesa, dono da lanchonete Canesa's Brooklyn Heros, em Clayton, ao norte de San Francisco, lançou esta promoção no Facebook para manifestar seu apoio aos comentários recentes do presidente republicano contra quatro legisladoras de origem estrangeira, e que foram considerados racistas.

A promoção se inspirou no lema repetido durante um comício de Trump na Carolina do Norte contra a representante Ilhan Omar, nascida na Somália. "Mande-a de volta!", gritavam os simpatizantes do presidente.

Trump fez uma série de comentários pejorativos contra quatro legisladoras pertencentes a minorias étnicas: Alexandria Ocasio-Cortez (de Nova York, de origem porto-riquenha), Ayanna Pressley (negra de Massachusetts) e Rashida Tlaib (de Michigan, de ascendência palestina), além de Omar, naturalizada americana e representante eleita de Minnesota.

Ele as acusou de não amar os Estados Unidos e as aconselhou a voltar para seus países de origem.

O proprietário da lanchonete afirmou em uma série de publicações que a promoção foi um sucesso e que até o momento havia distribuído 65 acompanhamentos grátis.

"Venha e levem-no antes que acabe", escreveu. "Deveria fazer este tipo de publicação mais vezes".

Mas nem todo mundo viu a oferta com bons olhos. A prefeita da cidade, Tuija Catalano, qualificou-a como uma forma de promover "o ódio e a intolerância".

"Este tipo de comentário de ódio, promovido por um comércio local, se reflete na reputação da nossa comunidade", escreveu a prefeita no Facebook, ao lado de prints da promoção oferecida por Canesa.

"Como funcionária pública eleita, que também é mulher e nascida no exterior, considero inaceitável este comentário de mandar alguém de volta por suas opiniões políticas", sentenciou.

Nas redes sociais, as opiniões estavam divididas, entre os que pediram boicotes ao estabelecimento e os que aplaudiram a iniciativa.


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