O investidor americano Jeffrey Epstein, protagonista do escândalo que provocou a renúncia de Alexander Acosta, secretário de Trabalho de Donald Trump, tentou subornar duas potenciais testemunhas do caso de abuso sexual contra menores, informou o jornal The New York Times.
Em novembro e dezembro de 2018, Epstein pagou o total de 350 mil dólares a estas duas pessoas, que provavelmente dariam um testemunho comprometedor contra ele, revela o jornal nesta sexta-feira.
Os pagamentos ocorreram logo após o jornal The Miami Herald revelar que o magnata havia negociado um acordo com as autoridades da Flórida.
O caso custou nesta sexta o cargo de Alexander Acosta, que renunciou em meio às críticas de ter dado um tratamento favorável a Epstein em 2008, quando era procurador da Flórida.
O acordo alcançado com Epstein exigia que ele admitisse apenas um crime, de solicitar prostituição, e ser fichado como delinquente sexual.
Epstein, 66 anos, foi acusado na segunda-feira por promotores de Nova York de tráfico sexual de menores e conspiração para cometer tráfico de menores, crimes passíveis de pena de 45 anos de prisão.
Os promotores tentaram demonstrar que Epstein tinha um histórico de obstruir as investigações.
Segundo a promotoria, Epstein abusou sexualmente a dezenas de adolescentes em suas residências em Manhattan e Palm Beach, Flórida, entre 2002 e 2005. Algumas tinham apenas 14 anos.