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Estado de Minas

Rússia e Irã ironizam iniciativa americana


postado em 10/07/2019 14:05

A Rússia e Irã ironizaram nesta quarta-feira na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a vontade dos Estados Unidos de ver Teerã respeitar o acordo nuclear de 2015, mesmo Washington denunciando o texto unilateralmente no ano passado.

Convocada a pedido dos Estados Unidos após a violação pelo Irã de parte de seus compromissos, uma reunião extraordinária dos governadores da agência da ONU em Viena permitiu que os Estados europeus signatários do acordo lembrassem seu desejo de ver Teerã respeitar suas obrigações.

"Nosso apoio se baseia no fato de o Irã respeitar plenamente seus compromissos", lembraram o Reino Unido, França e Alemanha em uma declaração conjunta.

Já a embaixadora americana Jackie Wolcott acusou Teerã de uma tentativa de "extorsão nuclear".

Concluído em julho de 2015 pelos europeus, Estados Unidos, Rússia e China, o acordo visa garantir a natureza estritamente pacífica do programa nuclear iraniano em troca de um levantamento de sanções contra a República Islâmica.

O presidente americano Donald Trump anunciou, porém, a retirada do seu país do texto em maio de 2018 e o restabelecimento das sanções.

O Irã respondeu este mês ultrapassando o limite permitido para seus estoques de urânio de baixo enriquecimento e o nível de enriquecimento.

"É tristemente irônico que essa reunião tenha sido organizada a pedido dos Estados Unidos, o regime por trás da situação atual", disse o embaixador do Irã na AIEA, Kazem Gharib Abadi.

Um fato "bizarro" também notado pelo representante russo, Mikhail Ulyanov, que ressaltou que depois de julgá-lo "horrível", Washington hoje demonstra que está "ciente da importância" do acordo.

"Pedimos a todos os membros do conselho (de governadores) que condenem veementemente essa política americana destrutiva", acrescentou, estimando que "em primeiro lugar, os Estados Unidos devem abandonar suas tentativas de impor um embargo ao petróleo de Teerã".

A reunião terminou sem uma moção ou declaração final, segundo diplomatas.

A AIEA declarou em 1º de julho que o Irã havia excedido o teto autorizado de 300 kg de urânio de baixo enriquecimento, e em 8 de julho que havia enriquecido além do máximo permitido de 3,67%.

De acordo com uma fonte diplomática em Viena, a AIEA indicou aos seus países membros que constatou um nível de enriquecimento de "4,53%", conforme às declarações de Teerã. Este nível permanece longe dos 90% necessários para uso militar, segundo especialistas.


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