A cidade russa de São Petersburgo realizou, neste sábado (6), o enterro dos 14 tripulantes mortos no incêndio de um submarino na segunda-feira passada, cujas circunstâncias não foram esclarecidas pelo Kremlin.
Os oficiais morreram no mar de Barents na segunda-feira, mas o acidente foi divulgado apenas um dia depois. O governo russo declarou que os detalhes da tragédia são "segredo de Estado".
Somente na sexta-feira Moscou confirmou que o equipamento funcionava com energia nuclear. De acordo com o Ministério da Defesa, o fogo começou no compartimento de baterias, mas não afetou o reator nuclear.
Fechada para a imprensa, a cerimônia fúnebre aconteceu no cemitério Serafimovskoye, de São Petersburgo, em meio a um forte esquema de segurança.
"Têm que entender que a identidade da maioria das pessoas aqui reunidas é secreta e que não devem mostrar seus rostos", disse um representante do Ministério da Defesa à AFP.
Um jornalista da AFP acompanhou a entrada de 14 veículos com caixões no cemitério.
A título póstumo, o presidente russo, Vladimir Putin, condecorou com honras as 14 vítimas.
As autoridades divulgaram poucos detalhes do acidente, limitando-se a indicar que os marinheiros cumpriam uma missão de treinamento perto da costa.