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Estado de Minas

Febre suína africana tem impacto 'significativo' no mercado mundial


postado em 04/07/2019 14:04

A febre suína africana, uma doença altamente contagiosa que se espalha nas fazendas da Ásia, tem um "impacto significativo" nos mercados agrícolas globais, sobretudo, em relação aos preços da carne, que dispararam - informou a FAO nesta quinta-feira (4).

"A doença tem um impacto significativo nos mercados mundiais: os preços da carne suína aumentaram rapidamente entre fevereiro e maio de 2019", afirmou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em um estudo sobre o assunto.

No mercado chinês, o preço da carne suína subiu entre fevereiro e março, mas se estabilizou, graças à comercialização de "reservas congeladas", acrescentou a FAO.

Somente no mês de maio, o índice mundial de preços da carne, elaborado pela FAO e publicado nesta quinta, subiu 1,5%, o mais alto em mais de um ano, "por causa de uma forte demanda de importações vindas do leste da Ásia de ovinos, suínos e aves".

"Uma demanda que teria o efeito de compensar a escassez de produção doméstica por causa da disseminação da febre suína africana", diz a agência.

Na Ásia, estima-se que a produção de carne suína diminuirá em 9% em 2019, em 60,7 milhões de toneladas, devido ao abate de suínos para tentar impedir a propagação dessa epidemia, ou por causa da morte de animais já afetados pela doença.

Na China, maior criador de suínos do mundo, a produção deverá cair "pelo menos 10%" este ano, a 49,1 milhões de toneladas.

Quedas de produção também são esperadas no Vietnã, Camboja, Mongólia e Coreia do Sul, alertou a FAO.

Como resultado, a Ásia aumentaria as importações de carne suína em 5,2 milhões de toneladas (+ 10%), segundo a mesma fonte.

De janeiro a abril, as importações de suínos pela China já aumentaram em 10%, em 570.000 toneladas (peso em carcaça, unidade usada para carne de porco, sangrada e eviscerada).

A FAO está particularmente preocupada com a subsistência de 130 milhões de famílias de suinocultores na China, país em que 30% da produção nacional provém de pequenas propriedades, também as mais expostas a esta doença.


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