A ONG Greenpeace alertou, nesta quarta-feira (19), sobre a poluição fluvial causada pelos microplásticos, depois de ter encontrado este tipo de material em todos os rios analisados no Reino Unido, denunciando um "problema de uma enorme complexidade" com consequências "incertas".
Entre 6 de fevereiro e 29 de março, o Greenpeace analisou 13 rios britânicos, instalando redes em 30 zonas, entre rurais e urbanas.
Encontrou 1.271 pedaços de 15 tipos diferentes de plásticos, quase metade deles em polietileno - de canudos a micropartículas como as usadas pela indústria cosmética em esfoliantes, ou pastas de dente.
E é apenas "a ponta do iceberg": as redes conseguiram coletar somente os fragmentos de plástico que estavam a 10 centímetros da superfície da água.
O impacto dos microplásticos na fauna de água doce ainda não precisa ser determinado, acrescenta o estudo.
"Ignoramos este problema por nossa própria conta e risco. Depois que os microplásticos estão no rio, é impossível retirá-los. Então, temos de resolver este problema em sua origem", afirmou David Santillo, cientista nos laboratórios do Greenpeace na Universidade de Exeter.