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Estado de Minas

Líder opositor Navalny e quase 100 manifestantes detidos em Moscou


postado em 12/06/2019 07:55

Quase 100 manifestantes, entre eles o líder opositor Alexei Navalny, foram detidos nesta quarta-feira em Moscou durante uma manifestação de apoio ao jornalista Ivan Golunov, injustamente acusado de tráfico de drogas antes de ser liberado.

"Alexei Navalny acaba de ser detido", escreveu no Twitter Kira Yarmysh, a porta-voz do opositor tantas vezes detido nos últimos anos.

A organização OVD-Info, que monitora as detenções, afirmou que pelo menos 94 pessoas foram levadas pela polícia durante a passeata não autorizada contra a suposta impunidade e corrupção das instituições responsáveis pelo cumprimento da lei.

Quase mil pessoas se reuniram no centro de Moscou e outras 100 em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, em resposta a um caso que provocou uma grande mobilização da sociedade civil.

"O que aconteceu com Ivan Golunov ocorre todos os dias em todo o país. Há várias histórias de drogas (falsas) como esta. Tivemos a sorte de que o soltaram, mas foi apenas uma pequena vitória. A guerra não foi vencida", disse à AFP Egor, de 15 anos e que usava uma camisa com a frase "Eu sou Ivan Golunov".

"Vim porque ainda temos muitas pessoas detidas injustamente. Há muitos casos injustos", afirmou Liudmila, uma engenheira aposentada de 83 anos.

As autoridades russas retiraram na terça-feira as acusações de tráfico de drogas contra Golunov e o deixaram em liberdade.

Desde quinta-feira da semana passada existiam muitas dúvidas sobre as circunstâncias da detenção e a veracidade das acusações contra o jornalista do site independente Meduza, conhecido por reportagens sobre casos de corrupção que envolvem autoridades e matérias sobre fraudes em setores como o microcrédito.

O jornalista de 36 anos saiu da delegacia e, sem conter as lágrimas, agradeceu a solidariedade nacional e internacional. Ele prometeu prosseguir com o trabalho de investigação.

Uma investigação foi aberta sobre os policiais que prenderam o jornalista - os agentes permanecerão afastados das funções durante o inquérito. Além disso, dois comandantes da polícia moscovita foram demitidos.

Esta é uma decisão quase sem precedentes na Rússia, onde as forças de segurança e a polícia geralmente são acusadas de inventar casos de drogas para atingir vozes críticas e as absolvições são incomuns.


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