O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira que Estados Unidos e México chegaram a um acordo sobre imigração e que não haverá mais a imposição de tarifas contra os mexicanos envolvendo a questão.
"Tenho o prazer de lhes informar que os Estados Unidos obtiveram um acordo com o México. As tarifas programadas para serem implementadas na segunda-feira contra o México estão suspensas indefinidamente", escreveu o presidente no Twitter.
"O México, por sua vez, concordou em adotar medidas enérgicas para deter a maré de emigração através do México em direção à nossa fronteira sul. Isto se está fazendo para reduzir ou eliminar em grande medida a imigração ilegal que vem do México para os Estados Unidos".
Segundo uma declaração conjunta, o México adotará "medidas sem precedentes" para deter o fluxo de emigrantes centro-americanos por seu território em direção aos Estados Unidos, inclusive mediante a mobilização de tropas da sua Guarda Nacional.
O México também se comprometeu a desmantelar os grupos de tráfico de pessoas, e os emigrantes que cruzarem a fronteira para os Estados Unidos para solicitar asilo serão devolvidos sem demora ao território mexicano, onde poderão aguardar o resultado de seu pedido.
O anúncio do acordo saiu ao final de três dias de negociações em Washington entre funcionários da administração Trump e do governo de Andrés Manuel López Obrador.
O presidente López Obrador celebrou o acordo no Twitter: "graças ao apoio de todos os mexicanos foi possível evitar a imposição de tarifas aos produtos mexicanos exportados para os Estados Unidos".
"Nos reuniremos para celebrar amanhã, em Tijuana, às 5 da tarde".
O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, que liderou a delegação em Washington, tuitou: "Não haverá mais a aplicação de tarifas por parte dos Estados Unidos. Obrigado a todas as pessoas que nos apoiaram mostrando a grandeza do México".
Decidido a forçar o México a deter o crescente fluxo migratório em direção aos EUA, Trump havia anunciado na semana passada a adoção de tarifas sobre todos os produtos mexicanos a partir de 10 de junho, começando por 5% e aumentando mensalmente até 25%.
A medida era potencialmente desastrosa para o México, que destina 80% de suas exportações aos EUA.