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Estado de Minas

Injetar CO2 em solos em vez de água seria mais eficaz para extrair gás e petróleo


postado em 30/05/2019 17:19

O dióxido de carbono (CO2) parece mais eficaz que a água na fraturamento hidráulico para extrair petróleo e gás de xisto, segundo um experimento realizado por cientistas em poços chineses e cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira.

"Para nossa grande satisfação, a produção de petróleo aumentou de quatro a 20 vezes" com o CO2 em comparação com a água, informam os autores em seu estudo, publicado pela revista americana Joule. O gás, afirmam, rompe as rochas melhor.

Estes resultados "revelam que, em comparação com o fraturamento hidráulico, o fraturamento por CO2 é una alternativa importante e mais verde", continuaram. Sobretudo nas regiões áridas, que hoje obrigam os produtores a transportar a água em caminhões-cisterna.

O fraturamento hidráulico - ou fracking - é uma técnica para aumentar a extração de gás e petróleo que consiste em injetar fluidos com pressão nos solos (xisto) para fraturar as rochas e retirar os recursos.

Atualmente se usa água misturada com produtos químicos, à razão de milhões de litros por poço. Nos Estados Unidos, este método de extração provocou uma explosão na produção de hidrocarbonetos desde a década de 2000.

Mas a prática é controversa. Os fluidos, que modificam os solos, são acusados de contaminar os aquíferos e causar pequenos sismos.

A ideia de substituir a água por CO2 para reduzir o impacto ambiental foi estudada durante anos. Cientistas da Academia chinesa de Ciências e da Universidade do petróleo em Pequim a testaram em laboratório e em condições reais, em cinco poços do campo petrolífero de Jilin, no nordeste da China.

Os cientistas argumentam que a técnica permitiria armazenar CO2 no solo. O dióxido de carbono é o principal gás de efeito estufa emitido pela atividade humana, responsável pelo aquecimento global, e eliminá-lo da atmosfera é um objetivo para muitos climatologistas.

Mas a ideia de injetar CO2 para extrair hidrocarbonetos cuja combustão emitirá, consequentemente, CO2, pode parecer inútil. Hannah Chambers, da Universidade de Edimburgo, apontou que o estudo não inclui uma análise do impacto geral nas emissões globais de CO2.


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