A polícia federal dos EUA (FBI) tem cerca de 850 investigações abertas sobre terrorismo doméstico, a maioria relacionadas a extremistas anti-governo e nacionalistas brancos, informou nesta quarta-feira um funcionário do FBI.
Cerca de metade dos 850 investigados são militantes anti-governo, disse Michael McGarrity, diretor assistente de contraterrorismo do FBI, ao Comitê de Segurança Nacional da Câmara de Representantes.
Outros 40% são extremistas raciais, disse. "Destes, uma maioria significativa são extremistas motivados racialmente que defendem a superioridade da raça branca".
McGarrity afirmou que a internet e as redes sociais alimentaram o recente aumento das ameaças internas extremistas, que estão se desenvolvendo de maneira similar às ameaças dos extremistas islâmicos nacionais.
"O que estamos vendo é a velocidade com que nossos sujeitos se movem e a velocidade com que trabalhamos em nossos casos (...) é mais rápida do que nunca", afirmou.
Ele disse que as pessoas podem facilmente encontrar conteúdo na internet que corresponde à sua ideologia específica, sem ter que viajar ou conhecer outras pessoas.
Isso permite que "se radicalizem muito rapidamente", apontou McGarrity.
A audiência legislativa acontece num momento em que as mortes causadas por ataques extremistas domésticos aumentaram, superando as causadas por ataques de inspiração islâmica.
A atenção tem se voltado para os nacionalistas brancos que combinam sentimentos anti-imigrantes, antissemitas e anti-negros.
No mês passado, um homem armado que escreveu um manifesto cheio de ódio abriu fogo em uma sinagoga em Poway, Califórnia, matando uma mulher ferindo três outras pessoas, incluindo um rabino.
O incidente aconteceu exatamente seis meses depois que outro homem matou 11 pessoas e feriu outras seis em uma sinagoga em Pittsburgh.