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Estado de Minas

Justiça espanhola proíbe candidatura de ex-presidente catalão ao Parlamento Europeu


postado em 29/04/2019 19:52

O ex-presidente catalão Carles Puigdemont foi excluído das eleições europeias de 26 de maio pela Junta Eleitoral Espanhola, uma decisão denunciada nesta segunda-feira pelo político como um "golpe contra a democracia".

A resolução proíbe Puigdemont e dois de seus ex-ministros regionais, Toni Comín e Clara Ponsatí, a concorrerem já que, estando todos foragidos da Espanha, não podem ser considerados como residentes no país.

Em Bruxelas, onde reside, Carles Puigdemont reagiu à decisão da justiça. "Se confirma o escândalo jurídico e o golpe contra democracia no contexto e na forma", escreveu no Twitter.

Principal figura da tentativa de independência da Catalunha em outubro de 2017, Puigdemont vive na Bélgica desde que abandonou a Espanha para escapar de uma ordem de prisão.

O catalão foi designado como principal nome da lista de candidatos do movimento separatista "Lliures per Europa" ("Livres pela Europa", em catalão) para as eleições europeias.

"O objetivo é levar a voz desta Catalunha que quer ser uma república independente no seio da instituição que representa os cidadãos da Europa", explicou recentemente Puigdemont.

Para impedir esta candidatura, o Partido Popular (PP, conservadores) e os liberais do Cidadãos apresentaram um recurso nas autoridades eleitorais.

No Twitter, o dirigente do PP, Pablo Casado, disse que estava "satisfeito com a decisão da Comissão Eleitoral". O que Puigdemont "deve fazer é vir para a Espanha e comparecer diante dos tribunais", destacou.

A principal figura do Cidadãos na Catalunha, Inés Arrimadas, escreveu no Twitter sobre Puigdemont, a quem considera "um golpista": "Se dá um golpe de Estado e foge, NÃO pode representar na Europa o Estado no qual deu o golpe".

O partido de Puigdemont, Juntos pela Catalunha (JxCat), anunciou que "mobilizará de forma imediata todas as ações jurídicas no Estado espanhol e Europa para defender os direitos dos três candidatos".

"Não há nenhum obstáculo jurídico, exceto que desejam excluí-los por motivos políticos", disse o advogado de Puigdemont, Gonzalo Boye, à AFP.

Cinco separatistas catalães, detidos e julgados atualmente em Madri por envolvimento na tentativa de independência, foram eleitos para o parlamento no domingo nas eleições legislativas, vencidas pelos socialistas.

Os partidos separatistas catalães cresceram no Congresso, obtendo 22 entre as 350 cadeiras na Câmara dos Deputados, e podem vir a ter atuação efetiva nas negociações para a constituição de uma futura maioria.


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