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Estado de Minas

México enfrenta baixo crescimento econômico no 1º ano de López Obrador


postado em 26/04/2019 14:31

A economia do México enfrenta um baixo crescimento econômico em 2019, o primeiro ano de governo de Andrés Manuel López Obrador, que prometeu que, no fim de seu governo, em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá até 4%.

O PIB do México cresceu 2% em 2018 e, para 2019, os analistas mensalmente consultados pelo Banco de México (central) reduziram seus prognósticos de crescimento a 1,5%, ante o 1,8% estimado no começo do ano.

O corte na previsão de crescimento não é apenas dos especialistas privados. O próprio Banco de México e a Secretaria da Fazenda reduziram sua expectativa para uma faixa de entre 1,1 e 2,1%.

Apesar do prognóstico conservador da Fazenda, López Obrador insistiu em que a economia crescerá ao menos 2% este ano.

"Eu acho que, e me refiro aos dados, eles falharam na projeção. Eu estimo que vamos crescer 2% e, no próximo ano, 3% - e eu aposto nisso", disse o presidente no início de abril.

- Entorno de incerteza -

As previsões de crescimento menores em 2019 estão dentro de uma desaceleração que a economia já mostrava no último trimestre de 2018 - quando o PIB cresceu 0,2% - e que tanto analistas como autoridades financeiras esperavam que se estendesse ao começo de 2019.

Soma-se a isso o impacto que pode ter a debilidade na indústria americana - fortemente ligada à mexicana -, o que se traduz em exportações menores do México.

Também é esperado um investimento mais fraco neste ano, devido ao "entorno de incerteza pelo tipo de política que esse governo possa causar", disse à AFP Carlos Serrano, economista-chefe para o México do banco espanhol BBVA.

Esse foi um dos fatores considerados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em abril passado, ao reduzir de 2,1% para 1,6% sua previsão de crescimento neste ano para a economia mexicana. No México, é comum a atividade ser mais fraca no primeiro ano de um novo governo diante da expectativa com as políticas que serão implementadas.

Serrano - que aposta em um crescimento do PIB de 1,4% - ainda aponta para a incerteza no setor privado pela aprovação do T-MEC, o acordo de livre-comércio que substituirá o atual Nafta, entre México, EUA e Canadá, mas ainda precisa ser ratificado pelos legislativos dos três países.

Para Carlos Capistrán, economista para México e Canadá do Bank of America Merrill Lynch, os programas sociais do governo - dirigidos, por exemplo, a jovens estudantes e adultos idosos - podem ter um impacto positivo na economia durante o ano.

"Achamos que vai começar a fluir mais dinheiro da implementação dos novos programas sociais. As novas pessoas no governo vão começar a fazer o governo funcionar", disse Capistrán, que espera uma expansão de 1% este ano.

Capistrán acrescenta que o Banco de México pode começar a reduzir os juros na segunda metade do ano desde o nível atual de 8,25%, movimento que apoiaria o crescimento da economia.

O instituto de estatísticas divulgará a cifra preliminar de crescimento do PIB no primeiro trimestre na próxima segunda-feira.


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