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Estado de Minas

Jornalista assassinada na Irlanda do Norte é homenageada em enterro


postado em 24/04/2019 12:07

Os primeiros-ministros do Reino Unido e da Irlanda se uniram a familiares e amigos de Lyra McKee, a jovem jornalista que foi baleada na semana passada por um republicano dissidente, em um funeral destinado a combater a violência na Irlanda do Norte.

Dentro da catedral, os adversários políticos se sentaram lado a lado, em particular a líder do partido sindicalista norte-irlandês DUP, Arlene Foster, e a do partido nacionalista irlandês Sinn Fein, Mary Lou McDonald.

A pedido da companheira de Lyra, Sara Canning, alguns dos presentes estavam vestidos com camisetas com os personagens da Marvel e da saga literária de Harry Potter.

"Eu sei que teria adorado", disse Canning.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, que não participou da habitual sessão de perguntas no Parlamento de Londres para viajar a Belfast, deu suas condolências aos parentes de McKee no início de uma cerimônia que também contou com a presença do primeiro-ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, além de muitos outros líderes políticos.

"Espero que o assassinato de Lyra na noite da Quinta-feira Santa marque um novo começo" para esta província britânica que foi durante décadas abalada pela violência, disse o padre católico Martin Magill.

O Novo IRA, um grupo republicano dissidente que luta pela reunificação da Irlanda, admitiu na terça-feira sua responsabilidade na morte da jornalista durante confrontos em Londonderry.

O grupo apresentou "suas sinceras e completas desculpas".

A jornalista morreu tragicamente na noite de quinta-feira, quando "se encontrava junto às forças inimigas", justificou o Novo IRA, em referência às tropas "fortemente armadas" que "provocaram" os distúrbios que precederam o falecimento de Lyra McKee.

Este drama recorda os tempos sombrios do conflito na Irlanda do Norte, que dividiu esta província britânica durante três décadas.

A violência entre republicanos nacionalistas (católicos), partidários da reunificação da Irlanda, e os unionistas (protestantes), defensores da permanência sob a Coroa britânica, deixou cerca de 3.500 mortos até o Acordos da Sexta-feira Santa, em 1998.

O pacto acertou uma retirada das forças britânicas e o desarmamento do Exército Republicano Irlandês (IRA).

Como acontece com o Novo IRA, permanecem grupos ativos de republicanos dissidentes que lutam pela reunificação da Irlanda, inclusive por meio da violência.


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