O presidente Nicolás Maduro classificou de "ilegais e imorais" as sanções contra o Banco Central da Venezuela anunciadas nesta quarta-feira pelos Estados Unidos para pressionar sua saída do poder.
"Hoje voltaram a tomar um conjunto de sanções unilaterais totalmente ilegais e imorais, agora contra uma instituição que é sagrada como o Banco Central da Venezuela", afirmou Maduro em um ato televisionado.
Washington anunciou que proibirá as transações dos EUA com o banco venezuelano.
O assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, disse que as sanções buscam "reverter as consequências das políticas desastrosas da era Obama e acabar com a glorificação do socialismo e do comunismo".
"Deixe-me dizer-lhe, senhor imperialista John Bolton, que suas sanções nos dão mais força", disse Maduro, cujo governo enfrenta sérios problemas de liquidez devido às medidas punitivas do governo de Donald Trump.
O líder socialista disse que o BCV se defenderá "com a lei nas mãos".
Seu governo também está sujeito a restrições para acessar fundos venezuelanos em bancos europeus, e a partir de 28 de abril enfrentará um embargo de petróleo dos Estados Unidos, que não reconhece Maduro como presidente.
Maduro exigiu de Trump "todo o dinheiro, os 30 bilhões de dólares que ele roubou do povo da Venezuela" por meio de sanções.