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Estado de Minas

Exploradores israelenses apresentam a maior caverna de sal do mundo


postado em 28/03/2019 11:19

Exploradores israelenses afirmaram nesta quinta-feira que a caverna de sal Malham, com estalactites espetaculares, perto do Mar Morto, é a maior do mundo, superando a iraniana de Qeshm.

A caverna de 10 km de comprimento, atravessa o Monte Sodoma - a maior montanha de Israel - até um ponto ao sudoeste do Mar Morto.

Em todo o percurso é possível observar diversas estalactites de sal, e as paredes por momentos brilham com os cristais. Na ponta de algumas estalactites ainda são visíveis gotas de água salgada.

Malham se tornou famosa entre os cientistas com o trabalho de Amos Frumkin, fundador e diretor do Centro de Pesquisas de Caverna da Universidade Hebraica, que nos anos 1980 cartografou quase cinco quilômetros de seu percurso, estabelecendo que era uma das maiores cavernas.

Em 2006, no entanto, cientistas cartografaram mais de seis quilômetros da caverna N3 na ilha de Qeshm, sul do Irã, que conquistou, de certa maneira, o título de maior caverna de sal do mundo.

Há dois anos, porém, o espeleólogo israelense Yoav Negev decidiu completar o trabalho de Frumkin e para isto recebeu o apoio de exploradores búlgaros.

Nagev, fundador do Clube Israelense de Exploradores de Cavernas, se uniu ao especialista Boaz Langford para organizar uma equipo de oito espeleólogos europeus e outros 20 locais.

Em 2018, a equipe passou 10 dias cartografando a caverna.

Em 2019, outra equipe de 80 exploradores voltou à caverna para 10 dias adicionais de medições. Eles concluíram a cartografia do local com dispositivos de raio laser.

Eles determinaram que a extensão supera 10 km.

- "Uma das mais belas" -

O Monte Sodoma é basicamente um enorme bloco de sal coberto com uma fina camada, mas resistente, de rocha.

As raras chuvas do deserto encontram seu caminho através das fissuras na rocha e dissolvem o sal para formar pequenas cavernas por ondem seguem até o Mar Morto.

Mesmo no breve período desde que Frumkin iniciou o mapeamento, a estrutura da caverna já mudou e continuará a mudar.

Uma grande parte do interior da caverna está coberta por uma fina camada de poeira que sopra do deserto. Enormes blocos de sal - alguns de cor âmbar devido à poeira e minerais - sobressaem para formar estruturas dramáticas.

Um destes blocos, que parece ter sido talhado, é chamado "A Guilhotina", enquanto outras placas de sala em diferentes áreas são chamadas "Os 10 Mandamentos".

Jornalistas que visitaram a caverna tiveram que escalar e arrastar-se para chegar à "Câmara de Casamentos", onde centenas de estalactites brancas, de diversas formas, criam um efeito especial.

Para Negev, Malham é "toda uma categoria por si só".

"Não há nada parecido em Israel", disse, antes de ressaltar que não existe outra caverna que se aproxime da marca de 10 quilômetros.

De acordo com o explorador, a caverna é uma extensa rede de "câmaras, passagens e plataformas, uma depois da outra".

Para o especialista "é a mais impressionante e complexa de Israel". E uma das "mais belas e fascinantes" que já visitou.

Negev minimizou o significado de ter despojado o recorde de uma caverna do Irã, país considerado inimigo de Israel.

Ele disse que tem "excelentes relações" com espeleólogos iranianos pelas redes sociais e em conferências profissionais.

"A rivalidade política cria o desejo de conectar-se e também de curiosidade mútua. Eles são realmente excelentes espeleólogos. Tomara que possa visitá-los", disse.


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