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Estado de Minas

Nova Zelândia proíbe venda de fuzis de assalto


postado em 21/03/2019 06:07

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira a proibição imediata da venda de fuzis de assalto e outras armas longas semiautomáticas no país, em resposta ao ataque contra duas mesquitas em Christchurch, que deixaram 50 mortos.

"Anuncio que a Nova Zelândia proibirá todas as armas semiautomáticas de estilo militar. Também proibiremos todos os fuzis de assalto", disse Ardern, que também anunciou medidas provisórias para evitar uma enxurrada de compras antes da entrada em vigor da proibição.

"A consequência será que ninguém poderá comprar estas armas sem uma autorização da polícia e posso garantir que não terá sentido solicitar tal permissão".

Ardern também anunciou a proibição de carregadores de grande capacidade e dos dispositivos que permitem realizar disparos mais rápidos.

"Para resumir, cada arma semiautomática empregada no ataque terrorista de sexta-feira será proibida neste país".

Para as armas já adquiridas, Ardern anunciou um sistema de recompra que exigirá entre 100 e 200 milhões de dólares neozelandeses (entre 69 e 139 milhões de dólares), em função do volume de armas recebidas.

Quem mantiver as armas após o período de anistia enfrentará multas de até 4 mil dólares e três anos de prisão.

Na sexta-feira passada, o supremacista branco australiano Brenton Tarrant utilizou um fuzil de assalto nos ataques contra duas mesquitas de Christchurch, em um massacre transmitido ao vivo pelo agressor no Facebook.

A reforma da legislação sobre armamento prometida pelo governo será apresentada ao Parlamento no início de abril, mas o Executivo decidiu estabelecer medidas provisórias para evitar uma avalanche de compras, o que significa que a proibição já entrou em vigor de fato.

A polícia da Nova Zelândia anunciou que todos os 50 mortos nos atentados foram identificados, o que permitirá seu enterro.

"Posso afirmar que há alguns minutos concluímos a identificação total das 50 vítimas e que todas as famílias foram notificadas", declarou o comissário Mike Bush.

A dor pela perda dos entes queridos no massacre foi agravada pelo fato de que as autoridades não entregaram os corpos no prazo de 24 horas para o enterro, como determina a tradição muçulmana.

Nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, centenas de pessoas se reuniram para mais funerais de vítimas do ataque, incluindo uma moradora de Christchurch convertida ao islã e um idoso que tentou cumprimentar o homem que depois cometeu o massacre.

Vários estudantes choravam pelas mortes de Sayyad Milne, de 14 anos, e Tariq Omar, 24.

O pai de Sayyad, John Milne, afirmou que o adolescente foi morto quando rezava na mesquita de Al Noor.

Entre os presentes estavam muitos alunos da escola do ensino médio Cashmere, frequentada tanto por Sayyad como por Hamza Mustafa, um refugiado sírio enterrado na quarta-feira.


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