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Estado de Minas

Opep e sócios adiam para junho decisão sobre redução da produção


postado em 18/03/2019 13:25

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez Estados aliados decidiram, nesta segunda-feira, adiar até junho sua decisão de prorrogar ou não o acordo vigente que limita a produção e sustenta os preços em alta.

O comitê ministerial de acompanhamento dos países da Opep+ (JMMC), reunido em Baku, capital do Azerbaijão, recomendou em comunicado cancelar a próxima reunião da Opep, prevista para abril, e esperar a conferência de 25 de junho "durante a qual será tomada uma decisão sobre a meta de produção para a segunda metade de 2019.

O comitê, que não tem poder de decisão, quer organizar uma nova reunião do JMMC em maio em Yeda, na Arábia Saudita.

"Os fundamentos do mercado provavelmente não mudarão nos próximos dois meses", disse o JMMC para justificar sua decisão.

No começo da reunião do comitê, em um hotel no centro de Baku, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khaled Al Faleh, disse que "as bases fundamentais do mercado melhoram lentamente", apesar de "faltar muito trabalho para fazer".

O ministro indicou que era "mais importante que nunca continuar cooperando" entre países produtores de petróleo, apontando o excesso de oferta, as reservas abundantes e os investimentos fracos.

"Meus colegas me garantem que vão se conformar totalmente (ao acordo de redução da produção), ou até mais do que se pede, nas próximas semanas", garantiu.

O ministro russo da Energia, Alexander Novak, voltou a Baku no domingo após ter participado dessas reuniões e disse ser difícil planejar a produção com meses de antecedência devido à volatilidade provocada pelas sanções americanas contra o Irã e a Venezuela, dois importantes produtores.

"Temos que levar em conta estas incertezas para tomar decisões sobre os rumos", disse Novak no domingo. Seu país é o maior produtor entre os membros da Opep.

Já Manuel Quevedo, ministro de Petróleo na Venezuela - um dos membros do cartel que atravessa uma profunda crise política e econômica - destacou suas boas relações com a Rússia.

"Continuamos cumprindo nossos compromissos com a Rússia. (...) Continuamos avançando, fortalecendo cada vez mais esta relação. Vamos abrir um escritório da PDVSA (petroleira estatal venezuelana) em Moscou", disse o ministro.

- Aliança a longo prazo -

As medidas atuais para limitar produção neste grupo de países, chamado de Opep+, foram reforçadas em dezembro e são válidas até junho.

Os países do grupo se comprometeram a reduzir sua produção em 1,2 milhão de barris diários para aumentar o preço do petróleo.

"Institucionalizar um marco de cooperação a mais longo prazo entre Opep e não Opep é muito importante estrategicamente, mais importante que nunca" para "evitar repetir a tormenta que o mercado atravessou em 2014", disse o ministro saudita.


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