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Estado de Minas

Engenheiros inventam sensores sem fios para bebês em incubadoras


postado em 28/02/2019 20:49

Todos os pais cujos bebês prematuros passaram por uma unidade de cuidados intensivos se lembram dos incômodos sensores grudados em seus filhos e conectados aos aparelhos de controle dos sinais vitais através de um emaranhado de cabos.

Uma equipe americana de engenheiros e médicos da região de Chicago criou novos sensores de silicone finos como papel, flexíveis e, sobretudo, sem fios, para permitir que os pais peguem seus filhos nos braços sem dificuldades, o que é considerado muito importante para a saúde do bebê.

Os criadores desses dispositivos apresentaram sua invenção na edição desta sexta-feira da revista americana Science.

No lugar dos cinco eletrodos que costumam ser grudados na pele do bebê para monitorar as batidas de seu coração, sua respiração, a oxigenação de seu sangue e sua temperatura, a equipe desenhou dois sensores de cinco e dois centímetros de comprimento, para o peito e para o pé.

Estes não têm baterias e são grudados nos bebês com um gel adesivo mais leve, feito à base de água. Os dados são transmitidos através de uma antena minúscula a um receptor situado sob a incubadora.

Os sensores que são utilizados nas incubadoras não mudaram desde os anos 1960, diz John Rogers, diretor do centro de eletrônica biointegrada da Universidade Northwestern nos Estados Unidos.

Em 2016, sua equipe especializada na integração de componentes eletrônicos no corpo humano começou a trabalhar com pediatras do serviço de neonatologia do hospital infantil Lurie de Chicago.

"Os bebês prematuros são frágeis, requerem uma vigilância permanente, e sua pele está subdesenvolvida, é muito sensível e se danifica facilmente", afirma Rogers.

Sua equipe comparou a qualidade dos dados transmitidos sem fio com a informação enviada por meio de cabos em mais de 80 bebês por dia.

Chegaram à conclusão de que sua tecnologia era tão precisa quanto a antiga. Agora falta conseguir a autorização das autoridades sanitárias americanas, o que não acontecerá antes de 2020, segundo Rogers.

A equipe que inventou os novos sensores continua os ensaios em Chicago, e esses dispositivos serão distribuídos em um programa piloto na Zâmbia a partir de abril, e depois na Índia e no Paquistão, através da Fundação Gates e da ONG Save the Children, anunciou Rogers.


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