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Estado de Minas

Brasil espera que fronteira venezolana permita entrada da ajuda humanitária


postado em 23/02/2019 12:43

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou neste sábado que a expectativa é de que a fronteira venezuelana, fechada desde quinta-feira, permita que os dois caminhões com suprimentos doados passem como parte da operação de entrega humanitária.

"A expectativa é que quando o primeiro caminhão chegar, uma luz acenda e a fronteira se abra", declarou o chanceler em uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal em Pacaraima, cidade brasileira na fronteira com a Venezuela.

O primeiro caminhão com remédios e alimentos, doado pelo Brasil e Estados Unidos, chegou à pequena cidade brasileira no meio da manhã, no âmbito de uma operação internacional cujo objetivo original era reproduzir ações semelhantes na fronteira com a Colômbia e o Caribe, uma ação promovida pelo líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por cinquenta países, incluindo o Brasil.

"Vai passar, é claro que vai passar", afirmou aos jornalistas María Teresa Belandria, uma advogada venezuelana nomeada por Guaidó como embaixadora no Brasil.

No total, dois caminhões saíram durante a manhã deste sábado carregando oito toneladas de suprimentos. Um deles se atrasou por uma avaria na na estrada, enquanto o outro estava estacionado a poucos metros da linha que divide os dois países, à espera de instruções.

A fronteira foi fechada na Venezuela indefinidamente por ordem do presidente Nicolás Maduro na quinta-feira.

A presidência brasileira, que quer evitar as tensões com a Venezuela, disse que, se os caminhões não conseguirem cruzar a linha, eles retornarão a Boa Vista e continuarão tentando a entrega nos próximos dias.

Não há previsão para completar a entrega de cerca de 200 toneladas de alimentos e remédios, armazenados em uma base aérea em Boa Vista, capital do estado de Roraima, segundo a presidência.

Não se sabe até quando os caminhões permanecerão estacionados na fronteira, mas vários venezuelanos se aglomeraram nas proximidades, dizendo que estão dispostos a escoltar a pé os veículos até o território de seu país.

Belandria disse que não entrará na Venezuela. "Eu corro um risco muito grande", disse à AFP.

No entanto, convidou os venezuelanos a escoltar a carga.

Pacaraima amanheceu em calma, com os venezuelanos ainda atravessando para o Brasil através de rotas alternativas.

Alguns deles disseram à AFP que a Guarda Nacional Venezuelana, que reforça o controle em vários pontos da linha divisória, não os impediu de deixar o país.

Araújo ressaltou que o Brasil descarta a possibilidade de conflito na região e que, por enquanto, não está previsto permitir a distribuição de doações individualmente em território brasileiro.

William Popp, encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, também participou da reunião com a imprensa e disse que a participação de Washington é de cunho estritamente humanitário.


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