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Estado de Minas

Militares presos ligam opositor Julio Borges a suposto complô contra Maduro


postado em 07/02/2019 20:01

Dois militares venezuelanos presos vincularam ao líder opositor Julio Borges os planos para derrubar e, inclusive, assassinar o presidente Nicolás Maduro, segundo declarações em seu local de reclusão divulgadas pelo governo nesta quinta-feira (7).

Em uma entrevista coletiva, o ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, apresentou trechos de vídeos nos quais o coronel na reserva Oswaldo García Palomo e o tenente-coronel Ovidio Carrasco apontam para Borges, exilado na Colômbia e que chamou as afirmações de "show".

Ambos relacionaram o ex-chefe parlamentar e outros dirigentes à detonação de dois drones carregados de explosivos, em 4 de agosto, durante um ato militar liderado por Maduro em Caracas.

"Ele disse que estava disposto a tudo (...) Disse que contasse comigo", assegura García Palomo em um dos vídeos, referindo-se a uma conversa com Borges antes do caso que Maduro denunciou como uma tentativa de magnicídio.

Carrasco foi chefe de Comunicação da Guarda Presidencial, segundo o ministro, que o qualificou como um "espião" que vazava aos agressores informações sobre os deslocamentos de Maduro.

Os oficiais também ligam a Borges um suposto golpe de Estado que deveria ser executado - segundo o governo - em três datas: 27 de janeiro, 31 de janeiro e 3 de fevereiro passados.

García Palomo foi preso no final de janeiro, depois de entrar na Venezuela saído da Colômbia.

Sua captura, segundo Rodríguez, ocorreu depois que o serviço de Inteligência vazou informações sobre uma falsa insurreição militar, o que o teria feito voltar à Venezuela.

Em outro trecho, Carrasco afirma que Borges o recrutou e que sabia dos drones. "Ele propôs que eu fizesse parte do projeto que tinham (...), linhas de trabalho e linhas de ação para derrubar o governo", assegurou.

Antes da explosão dos drones, segundo Carrasco, Borges recomendou que se afastasse dos atos públicos de Maduro. "Um ataque está vindo", teria dito.

Borges manifestou no Twitter que as acusações são um "show" para "contra-arrestar a liderança" do opositor Juan Guaidó, reconhecido por 40 países como presidente interino da Venezuela.

Também disse que querem desviar a atenção da pressão internacional para que Maduro permita a entrada de ajuda dos Estados Unidos, em alimentos e remédios, severamente escassos.

"Nenhuma dessas manobras me distrairá, meu foco e o de toda a Venezuela é conseguir que você vá embora", acrescentou Borges, dirigindo-se ao presidente socialista.

O governo já apresentou vídeos semelhantes no passado, incluindo uma declaração do deputado detido Juan Requesens, que, segundo parentes e opositores, estava sob efeito de drogas e torturas.


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