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Estado de Minas

Equipes tentam recuperar corpo achado em avião de Emiliano Sala


postado em 06/02/2019 07:49

As autoridades britânicas tentavam nesta terça-feira (5) recuperar o corpo, cuja identidade ainda é desconhecida, localizado entre os destroços submersos no Canal da Mancha do avião que desapareceu com o atacante argentino Emiliano Sala e o piloto, há duas semanas.

"Estamos tentando recuperar o corpo. Se tivermos sucesso, vamos considerar a viabilidade de levar os destroços à superfície", disse a Agência Britânica de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) em um breve comunicado.

"Devido às fortes corrente marítimas só podemos usar o veículo operado remotamente por períodos limitados a cada dia e isso significa que o progresso será lento", disse a agência, acrescentando que só vai fazer mais anúncios depois de informar as famílias sobre o resultado da operação.

Sala, de 28 anos, e o piloto, o britânico David Ibbotson, 59, voaram em 21 de janeiro a bordo de um monomotor Piper Malibu PA-46-310P entre a França e a Grã-Bretanha que desapareceu do radar cerca de 20 km da ilha britânica de Guernsey, localizada no Canal da Mancha.

O atacante argentino e Ibbotson tinham saído de Nantes (oeste da França) rumo a Cardiff (em Gales), sede do clube que acabara de contratar Sala por uma quantia estimada pela imprensa em 17 milhões de euros.

Seu desaparecimento comoveu os torcedores dos dois clubes e várias personalidades do futebol, que manifestaram solidariedade com a família de Sala.

Quase duas semanas depois, as autoridades britânicas anunciaram no domingo ter encontrado os restos do avião no fundo do mar, e no dia seguinte disseram ter detectado a presença de "um ocupante" entre os destroços da aeronave, sem dar detalhes sobre de quem se trata.

- "O tempo é curto" -

David Mearns, diretor da Blue Water Recoveries, uma empresa privada contratada pela família do atacante argentino para dar continuidade à busca submarina, explicou à AFP a importância de retirar rapidamente o corpo.

"Quando se trata de um cadáver, o tempo é curto", afirmou este especialista em naufrágios, que localizou o monomotor.

"É então imperativo que prossigam na recuperação do avião e do corpo", acrescentou, explicando que a dificuldade reside em "ver como se pode retirar o avião sem mover o corpo e ter certeza de que tudo será recuperado".

Depois de ter contribuído para localizar e identificar os destroços do monomotor no fundo do mar, Mearns deixou a ilha de Guernsey e o caso está agora exclusivamente nas mãos da AAIB.

Este organismo pretende publicar dentro de duas semanas um relatório com os avanços de sua investigação sobre o ocorrido.

O controle de tráfico aéreo da ilha britânica de Jersey, também no canal da Mancha, explicou que no dia de seu desaparecimento a aeronave voava a 5.000 pés (cerca de 1.700 metros de altura), mas antes de desaparecer dos radares o piloto pediu autorização para descer até 2.300 pés.

No dia 26 de janeiro, dois dias depois de as autoridades britânicas abandonarem as operações oficiais de busca, a família de Sala anunciou que se dispunha a continuar graças a fundos obtidos mediante uma mobilização na internet.

"Sem isso, acho que ninguém teria procurado o avião. A AAIB nos disse que não lhe parecia que haveria muito a ganhar" encontrando a aeronave, explicou Mearns.

Finalmente, o organismo participou nas operações de localização do monomotor em cooperação com a Blue Water Recoveries.

"Não há mais esperanças", admitiu Horacio Sala, pai do jogador, ao canal Fox Sports, depois de acreditar em um milagre. "Esperamos que os dois corpos estejam dentro (do avião). Acabou. A única coisa que espero agora é que o corpo seja encontrado", acrescentou.


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